terça-feira, 23 de dezembro de 2014

OpenView


Mas ainda em tempo (e no mesmo tema): a OpenView é uma empresa de capital de risco focada em ajudar pequenos e médios empreendedores norte-americanos a expandir os seus negócios. É consenso hoje que o seu notável crescimento tenha sido derivado do lançamento do seu blog corporativo há alguns anos atrás. Este blog evoluiu e se tornou um portal brilhante, com centenas de artigos, posts no blog, podcasts, guias gratuitos (via troca por e-mail, claro...e justo) e videos que orientam e esclarecem diversas questões dos seus potenciais clientes. Atualmente, é referência no empreendedorismo, inclusive, além dos Estados Unidos. Confiança conquistada para impulsionar os negócios da consultoria. Nesta ordem.

Link para portal:

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

The Furrow


E para fechar o ano, uma singela homenagem a uma tendência irreversível no Marketing: o Content Marketing (ou Marketing de Conteúdo). Bandeira arduamente carregada por gente visionária como Joe Pulizzi, Robert Rose, Michael Brenner e Jonathan Mildenhall e, no Brasil, por bandeirantes como Cássio Politi e Rafael Rez, o conceito veio para ficar. Até porque, surge do âmago da sociedade, uma necessidade contemporânea mais veemente no sentido de desejar receber mensagens cada vez mais customizadas, prestativas, orientativas e emocionais. Em suma, menos egocentrismo, narcisismo e agressividade das marcas. E mais utilidade na comunicação. A essência é sofisticada e exige muito esforço, sim - é preciso lançar mão de técnicas que envolvem desde inteligência de mercado até textos jornalísticos, e passando por inúmeras outras -, mas traz recompensas superiores também. Engana-se, todavia, quem imagina que o assunto é novo. Certamente a exposição e a conscientização são maiores nos dias de hoje, mas um conteúdo atraente vem de longe. Talvez o pontapé inicial de nossa era seja mesmo a revista The Furrow da John Deere, famosa por suas máquinas no mercado agrícola, principalmente. A iniciativa - meio que no puro instinto - procurou, antes de mais nada, prestar serviços aos clientes da marca, sem a neurótica ansiedade de querer empurrar (vender) produtos aos fregueses. Lançada em 1895, a atitude respeitou os princípios mais valorizados pelo seu fundador: ouvir e ensinar. E buscar incansavelmente o sucesso dos clientes. Todo o conteúdo da revista gira em torno disso, a publicidade é coadjuvante e a venda é consequência. Já são 119 anos assim...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

ESPN


A priori, a campanha responde bem aos principais pontos de uma ação promocional: as regras são simples, a premiação é atraente e a comunicação é eficiente (embora merecesse um destaque maior no site...). Também está em linha com uma tendência crescente no sentido de vincular as promoções a uma vivência mais vigorosa no universo da marca, enfraquecendo um pouco a tentação notória (e limitada, rasa...) de amarrar qualquer campanha com desconto no preço. 

Em resumo, os fãs do Super Bowl devem postar um foto alusiva ao evento (imaginado-se no cenário que irão encontrar) na hashtag #ESPNtemSuperBowl por meio do Twitter ou Instagram. Ou, se preferirem, enviar diretamente para o e-mail superbowlnodeserto@espn.com.br. O prazo para inscrição é 31/dez, os premiados serão conhecidos em 5/jan e o evento será no dia 01/fev no Arizona, EUA. O prêmio é assistir ao espetáculo ao vivo e com tudo pago.

Pontos negativos: a promoção foi "ao ar" muito tarde (dia 15/dez) e a atitude mereceria mais do que apenas dois premiados. Anyway...

Link para mais detalhes sobre a campanha:

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Menu For Tourist


Startup que promete decolar rapidamente e voar em cruzeiro por um longo período, o aplicativo Menu For Tourist (lançado oficialmente ontem) apostou as suas fichas na velha e imbatível tese de atuar em nichos não atendidos ou mal explorados. Fácil essa sacada? Aparentemente sim mas, definitivamente, não. Melhor mesmo continua sendo treinar bem os olhos, os ouvidos, os pés (e a paciência), direcionar as antenas ao mercado e, principalmente, mirar nas dificuldades e nos desejos do dia-a-dia das pessoas. Mesmo que não verbalizados adequadamente por elas (isto, aliás, raramente acontece). Daí é caprichar na comunicação e no nome/identidade visual.

À grosso modo, claro. Há outras variáveis importantes a ser consideradas. De qualquer forma, acertar na estratégia já é um ótimo começo...


Por enquanto restrito à alguns restaurantes do Rio de Janeiro, o app promete traduzir cardápios originalmente em português para diversos idiomas, notadamente o inglês e o espanhol. Mas há ainda a possibilidade de versões em alemão, italiano e até mandarim. Os restaurantes devem se cadastrar previamente (a taxa promocional de start do serviço é de R$ 40) e o download é gratuito, tanto para o IOS quanto para o Android. Uma demanda antiga dos gringos e um bom aliado dos comerciantes ajuizados. Além da velha inspiração conceitual, a iniciativa segue uma tendência irreversível: a mobilidade. Tudo para dar muito certo! 

Fontes:

sábado, 13 de dezembro de 2014

Johnnie Walker

Normalmente junto a um conceito recém-consagrado (sem, de pronto, significar novo na prática...) e de incontestável pertinência, vem a indesejada "curva de rio". Em se tratando de Storytelling - uma das boas ferramentas de Marketing de Conteúdo -, a referida esquina costuma depositar doses consideráveis de exagero ou de ficção. O resultado é, no final das contas, alvo de chacota e perda de credibilidade. Mas só para quem não a utiliza adequadamente (a Diletto que o diga). Assim, e atentando-se devidamente a esses potenciais perigos, segue uma pequena obra-prima do gênero, de quem entende muito de Branding (e de uísque...). Certo mesmo é que todas as marcas tem uma boa estória para contar. Não é preciso apelar...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Best Bairro Brands

Logo na capa do estudo, o aviso: "O que as marcas de bairro têm a ensinar às grandes marcas"


É com esta ousada pretensão que a Interbrand - a cultuada consultoria global de Branding - começa os trabalhos. E cumpre o que promete. Um delicioso estudo sobre as marcas de bairros paulistanos que mais encantam e uma bem-sucedida tentativa de estabelecer pontos em comum entre elas. Também prima pela leveza ao fornecer apenas breves releases sobre os laureados, no ponto exato, deixando o resto para explorarmos e interpretarmos por conta própria. Enfim, um respiro providencial. A análise foi, basicamente, fundamentada em seis pilares externos: autenticidade, relevância, diferenciação, consistência, presença e entendimento. Mais de 100 marcas foram reverenciadas, com destaques para o Ponto Chic, a Família Mancini, a Galeria dos Pães, a Casa Tody, o Bar do Zé Batidão, a Queijaria da Vila e o Cine Belas Artes.

Mas, afinal, o que elas podem ensinar às grandonas? 

Muita coisa. Como criar uma personalidade de marca. Como inovar sem perder a essência. Como engajar os consumidores. Como desenvolver o customer experience. Como não ser chato e invasivo na publicidade. Como integrar produtos e serviços. Como desburocratizar. Como executar bem. Como humanizar o atendimento. Como customizar. Como segmentar. Como detectar as necessidades e os desejos dos consumidores e como desenvolver uma empresa-cidadã são algumas delas... 

E os resultados?

Bom...daqueles que mais nos interessam, os fregueses: lembrança e preferência de marca, associações emocionais positivas e marcantes, lealdade, defesa fervorosa do negócio e uma espécie de sentimento de propriedade - em outras palavras, a marca não "pertence" mais somente ao dono, mas à comunidade em que está inserida. E, claro, maior perenidade, mais vendas e mais lucros.

Ora, o quê mais um Gerentão de Marketing de uma dessas Fortune 500 - e com MBA nas costas - poderia querer mais?

Assim, ler este estudo da Interbrand e "bater perna" em muitas dessas jóias preciosas seriam boas estratégias para começar e, certamente, pouco ou nenhum sacrifício.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Gol


E no Twitter da Folha de São Paulo de hoje...
"Cadeirante se arrasta por escada de avião para poder embarcar"

A Gol - linhas aéreas inteligentes - exibe orgulhosamente no seu site institucional, no capítulo "Missão, Visão e Valores":

Missão: Aproximar pessoas com segurança e inteligência.
Visão: Ser a melhor companhia aérea para viajar, trabalhar e investir.
Valores: Segurança. Inteligência. Servir. Lowest-cost.

Afora as ladainhas e as justificativas de sempre, trata-se apenas de mais um exemplo de Branding bem garganteado e porcamente executado.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Fairlife


Excelente artigo do Augusto Nascimento - CEO da BBN Brasil (bbnbrasil.com.br/) - no Mundo do Marketing de hoje (mundodomarketing.com.br/), explicando a inegável habilidade de branding da Coca-Cola para o seu território de atuação, as chamadas bebidas não-alcoólicas (sim, não estamos falando somente de refrigerantes). Além desta bela sacada no rearranjo do seu mercado (e não é de hoje), a marca mostra que entende bem o conceito de posicionamento - consagrado por Al Ries e Jack Trout no início dos anos 1970 - pregando, em linhas gerais, a identificação de novos nichos de mercado ou a criação de diferenciações nos existentes, batizando-os com nomes inéditos e turbinando a comunicação. Tudo para facilitar o entendimento e a assimilação da mensagem na mente das pessoas. Neste sentido, portanto, não há qualquer contradição ou ferimento à marca Coca-Cola com a sua estratégia de atuar no mercado de leites premium por meio da marca Fairlife. A iniciativa indica que a vacina foi tomada para evitar a extensão desenfreada da marca-mãe.   

Abaixo o link para acesso ao mencionado artigo:

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sadia

É provável que falte à Sadia (e à muitas outras marcas...) ser apresentada ao conceito de Marketing de Permissão, de Seth Godin. Senão vejamos, sem muito esforço, duas amostras reais que sinalizam um sentimento crescente de incômodo - para não dizer fúria - das pessoas em relação à presença de marcas não convidadas, impertinentes ou mal informadas, especialmente nas redes sociais. Um marketing cada vez mais customizado, prestativo, orientativo e humanizado já é mais uma realidade do que uma tendência. Só as marcas menos ajuizadas ainda não se deram conta disso, mas os consumidores por vezes as lembram.

Enquanto isso, no Twitter...

Exemplo 1:
Internauta: Pq estudar dá tanta fome?
Hot Pocket Sadia: É porque tá faltando um Hot Pocket aí para te acompanhar.
Internauta: Eu não como carne.

Exemplo 2:
Sadia: Chegou Soltíssimo, frios igualíssimos ao fatiado na hora. Saiba como.
Internauta: Detesto essas propagandas q aparecem na minha tml...cara, n quero seu presunto!

Sem mais!

Fontes: Erros de Marketing (https://twitter.com/errosdemkt) e Sadia (https://twitter.com/sadia)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Marriott


Considerado um dos melhores blogs corporativos dos Estados Unidos, o "Marriott on the Move" é um delicioso diário (ou seria semanal?) autoral alimentado por nada menos que Bill Marriott, o principal executivo da famosa marca internacional de hotel. Nele, há um desfile de histórias pessoais e da empresa, depoimentos de clientes, dicas e orientações sobre viagens e serviços de hotelaria. E claro, tudo com muita interatividade - de onde, aliás, pode-se extrair bons insights - e numa linguagem ao mesmo tempo informal e elegante. Não por acaso, o blog é uma importante ferramenta de marketing para reforçar o posicionamento e o branding da marca, desde que por meio de conteúdos interessantes e relevantes, não comercial. Conquistando a simpatia e a confiança dos leitores, telespectadores e ouvintes (não era preciso lembrar mas, lembrando, podemos incluir, sim, vídeos e podcasts em blogs), a tendência é angariar numerosos fãs e, presumivelmente, clientes leais (afinal, o que mais queremos?). Aqui o exemplo, como já mencionado, é o do tipo autoral (nem todas as marcas tem a sorte de contar com um membro do naipe de Bill, anyway...), mas existem várias outras possibilidades como o corporativo, o coletivo e o comunitário. A escolha vai depender da estratégia de conteúdo. De qualquer forma, só não pode deixar de ser fortemente considerado no escopo do plano de marketing de uma marca.   


sábado, 8 de novembro de 2014

EY Insights


Exemplar a iniciativa da renomada empresa de consultoria e auditoria EY (a antiga Ernst & Young) em disponibilizar um aplicativo no qual é possível ter acesso gratuitamente à diversos estudos (são centenas) sobre tendências setoriais, sustentabilidade, consumidores, legislação e, claro, uma pegada maior nas áreas financeira e fiscal, o DNA da companhia. De qualquer forma, todas as análises levam o sêlo da EY que, por si só, é uma garantia de alta qualidade. Bastante útil para pesquisas desk research (fontes públicas), planos de marketing/comunicação, viabilidade de projetos, comércio exterior, dentre várias outras possibilidades. A estratégia vai de encontro a um rumo crescente no sentido de uma publicidade cada vez mais prestativa e, portanto, menos egocêntrica, apostando que no futuro, quando o cliente precisar de um estudo mais customizado, de alta qualidade (e pago), provavelmente ele se lembrará da EY. Vale a pena conferir o app. Na App Store, buscar por EY Insights.  

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Facebook


Por meio da Confraria do Marketing no Linkedin, tomamos conhecimento que o Facebook divulgou recentemente uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos (ipsos.com), na qual mostra os níveis de interatividade dos latino-americanos com as marcas na principal rede social do planeta. Interatividade, segundo o levantamento, significa "ler conteúdos, olhar as suas páginas, interagir com celebridades/figuras públicas, curtir uma marca ou empresa, comentar ou compartilhar os seus conteúdos". Apesar de uma amostragem pra lá de questionável (o Chile tem mais entrevistados do que o Brasil e o México...), os resultados são até que previsíveis: o brasileiro é o que mais interage e é o segundo mais influenciado por marcas ou ações de amigos, perdendo apenas para o Chile. No universo brasileiro, o "curtir" ainda é a ação mais predominante, seguida pelo comentário, compartilhamento, visita à página da marca e consumo do seu conteúdo, respectivamente. Mas o mais interessante do estudo é a ratificação do gerente de pesquisas do Face - Antonio Barczinski - sobre a melhor estratégia para ter sucesso na rede: Storytelling via vídeos. É o formato preferível das pessoas e um hábito já plenamente consolidado: são mais de 1 bilhão de visualizações diárias, nos mais diversos dispositivos. Mas só isto não basta, claro: é preciso haver boa sintonia entre o discurso da marca e os interesses do público-alvo, em um enredo simples, elegante, cativante, essencialmente visual e com uma boa dose de apelo emocional. Venda-me benefícios e sonhos, não uma câmera fotográfica, diria Pulizzi. Em suma, o conteúdo é o fim, a mídia é o meio. Xeque-mate!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Content Marketing Institute

E continuando no tema, um portal magnífico sobre o assunto (http://contentmarketinginstitute.com/). Nele, um mar de dicas e informações valiosas para iniciantes, intermediários ou calejados no conceito. Vale cada segundo investido na sua navegação. É, sem dúvidas, a referência do momento em Marketing de Conteúdo (aliás, a sua bibliografia no Brasil é muito restrita...). De qualquer forma, destaques maiores para alguns pontos: o canal de Podcast com papos divertidos entre Joe Pulizzi (o "pai da matéria" e criador do instituto) e Robert Rose, um periódico gratuito com as últimas do setor (gratuito!!!), o menu de artigos diários (de vários autores) e, claro, uma menção para o já consagrado "Content Marketing World", a Meca dos amantes do tema. E, por falar nele, uma amostrinha da última edição, com a participação especial de Kevin Spacey, sim, ele, do House of Cards...

  

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Marketing de Conteúdo

O brilhante Rafael Rez da Web Estratégica (www.webestrategica.com.br/) e do Marketing de Conteúdo (www.marketingdeconteudo.com.br/), dentre outros, mais uma vez nos alertou em sua palestra no Congresso Online de Marketing (www.marketingminds.com.br/sobre a revolução que a área vem passando nos últimos anos e que não tem prazo para terminar. Neste turbilhão de novos conceitos, modelos e ferramentas tecnológicas, o Marketing de Conteúdo ganha um enorme destaque. Não exatamente por ser novo - aliás, é bem antigo - mas pela relevância que exerce atualmente em função de um cenário cada vez mais caótico, multifacetado, competitivo e congestionado de informações. É a nova publicidade, arriscou, bem fundamentado. E fica aqui um recado de Seth Godin, um dos papas no assunto:

"Basicamente, Marketing de Conteúdo é a arte de se comunicar com os seus futuros clientes sem a ansiedade de lhes vender algo logo de cara".

Ao mesmo tempo, simples, elegante e mega-pertinente! As pessoas esperam isso das marcas!

A primeira parte de um vídeo com a importância dada ao tema por nada menos que a Coca-Cola.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

London Symphony Orchestra


Significados subliminares não chegam a ser novidades na criação de logotipos. De qualquer forma , o Blue Bus (http://www.bluebus.com.br) trouxe novamente à tona o assunto por meio do seu Twitter. Em um apanhado feito pela Oomph (http://www.madebyoomph.co.uk/),  lembramos ou tomamos conhecimento de vários exemplos que utilizam esta técnica. Alguns já são bem conhecidos e outros são de gostos bem duvidosos. Mas um merece ser destacado: o da London Symphony Orchestra. A elegância da tipografia remetendo às siglas, à musicalidade, ao movimento e à condução da orquestra por um maestro dizem tudo. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Prédios Verdes

Tendência irreversível no segmento de Construção Civil, os chamados "Prédios Verdes" já estão movimentando à todo o vapor os players mais ajuizados do setor em boa parte do mundo, de arquitetos à fabricantes e construtoras, até gerenciadores de recursos e urbanistas. E não são alvo apenas das grandes certificadoras - como Leed e Acqua - mas da sociedade também, cada vez mais antenada e consciente. E o Branding com isso? Tudo! As marcas devem entender os grandes anseios sociais e se esforçarem para responder com produtos e serviços que os atendam. Segundo o World Green Building Council, o incremento nos custos atualmente varia de 0% à 4%, ou seja, é plenamente possível promover o desenvolvimento com lucros saudáveis e ainda ficar de bem com a comunidade e com os órgãos públicos. Na verdade - e, em síntese - aquela velha e batida expressão "Responsabilidade Social e Ambiental" que vemos por aí nos capítulos de "Valores" ou "Princípios" das marcas deve significar muito mais do que um simples e elegante quadro na parede da recepção das empresas. Deve gerar um sentimento de compromisso. Isto é Branding! E, certamente, saberemos recompensá-las com cada vez mais defesa e lealdade. Ou, em outras palavras, Branding é Business! É preciso mais?  

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

We Are The Future

E nesta intensa semana de Marketing Minds (www.marketingminds.com.br), a descoberta de um breve e contundente recado para nós, profissionais de marketing. Em suma, o desafio é manter a essência dos grandes conceitos e filosofias da área, porém trabalhando com novas ferramentas, ingredientes e...consumidores. Nada fácil, mas estimulante! E segura o sotaque britânico...

OMO

Tomando emprestado o raciocínio do premiado Pedro Pletitsch da CUCA Escola de Criativos (www.escolacuca.com/) e do excelente blog Portfolio Lovers (www.portfoliolovers.com/), ela poderia ter falado da tradição, da reputação, da performance, dos benefícios, da qualidade dos ingredientes ou embalagens, etc. e não estaria mentindo em nada. Mas ela preferiu seguir o caminho infalível e duradouro da ligação emocional com as pessoas. A tal humanização da marca. Aí fica difícil pra concorrência. É claro que nem todas as marcas estão neste estágio de desenvolvimento, permitindo navegações por mares mais distantes e ousados. De qualquer forma, é uma técnica que deve estar, no mínimo, no "radar" dos seus gestores, para ser sacada no momento adequado. Fundamentada em um bom conceito de comunicação, Omo nos premia com esta pérola da publicidade. Já são mais de 730 mil visualizações no YouTube....

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

E-commerce

Bastante produtiva a palestra proporcionada pela Impacta Tecnologia (www.impacta.edu.br) sobre e-commerce para pequenas e médias empresas no último sábado, 04/out. Após uma pequena introdução sobre o estágio atual e o potencial de crescimento do mercado de e-commerce no Brasil, o palestrante Rodrigo Bonazzi, executivo do UOL HOST (www.uolhost.com.br), dividiu o conteúdo em sete pilares: descubra um nicho de mercado, adote um endereço virtual adequado, invista no visual da loja online, use e abuse das inúmeras possibilidades de divulgação do negócio, dedique-se de corpo e alma ao marketing de relacionamento, surpreenda (positivamente) nos prazos de entrega e, por fim, confira o que as novas tecnologias de meios de pagamento podem fazer pelo seu negócio e pelo seu cliente. No final, um debate de um case de sucesso sobre um e-commerce de moda e acessórios para o público feminino. Em suma, um compartilhamento de experiências.


Por mais que entendamos satisfatoriamente sobre um determinado tema ou conceito, é sempre prudente nos manter atualizados e inteirados das novidades e tendências. Principalmente no campo do Marketing Digital, um turbilhão de usos, desusos e novas dinâmicas que, se bobear, perdemos o rumo. E, mais adiante, para voltar a navegar com um certo conforto nessa área, pode ser um tanto complicado. Neste sentido, alguns pontos chamaram mais a atenção: o conceito de posicionamento de marca continua tão atual quanto o famoso artigo de Al Ries de 1971. A dificuldade homérica de se registrar atualmente um domínio na internet é atroz, exigindo uma criatividade posta à prova de forma intermitente. O design e a arquitetura de um site são recursos mega valiosos, até porque, como segurar a atenção de um internauta em meros 1, 2, 3...segundos? O chamado "Market Place" é uma modalidade de divulgação que ganha força e tende à rivalizar fortemente com o Google Adwords (quem diria?). Pode se ganhar um bom dinheiro com blogs e um site bem detalhado com dados, fotos, videos, etc. compensa mais do que imaginamos. A entrega antes do prazo prometido encanta e, depois, frustra e enfurece. Agrega ao empreendedor um boa dose de sossego ao investir em um sistema anti-fraudes e ser multicanal nos dias de hoje é quase imperativo. Os Correios continuam a ser a melhor opção para os iniciantes mas, ao encorpar-se, é válido comparar o seu custo-benefício com empresas integradoras de logística. E planejamento é uma espécie de remédio preventivo aplicável à tudo, inclusive ao meio digital.

Além desses insights, palestras dessa natureza costumam oferecer dicas valiosas aos dispostos à aprender mais sobre o assunto em pauta. Neste caso, alguns links mais do que úteis:

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Teatreneu

Diante de um cenário econômico adverso e de um governo sedendo por mais tributos, a companhia teatral espanhola de comédia Teatreneu resolveu radicalizar na sua política comercial: desenvolveu uma espécie de aplicativo de reconhecimento de movimentações faciais por meio do qual é possível medir a quantidade de risos de cada membro da plateia durante o espetáculo. E o pessoal ainda pode compartilhar o quociente obtido nas redes sociais. Estabelecendo um valor unitário de 30 centavos de euros por risada e um teto de cobrança de 24 euros (ou 80 risadas), a companhia literalmente cobra por resultado. O máximo alcançado gira em torno de 30% acima da média das ofertas tradicionais do mercado (espetáculos pré-pagos) mas, pelo menos, as pessoas saem com a convicção de que o seu rico dinheirinho foi respeitado de forma singular. Só a divulgação e o burburinho geraram um incremento de 35% no número de clientes da companhia. Sem dúvida, é um exemplo notável do preço em função do valor percebido pelo cliente. É o cliente no comando, diria o aclamado consultor de Marketing Industrial José Carlos Teixeira Moreira. Obviamente, não é a primeira tentativa de se cobrar por resultados (sejam eles risadas, redução de custos, aumento da produtividade, diminuição das reclamações ou taxa de sucesso de vendas). O setor de serviços e os produtos mais técnicos apresentam características mais propícias para essas tentativas (embora não se descarte, à priori, modelos inovadores para itens de consumo). Marcas como a cadeia de restaurantes britânica Little Bay e a química franco-americana Saint-Gobain Abrasives já navegaram bem neste oceano desafiador. Não deixa de ser, portanto, um diferencial estratégico relevante e uma ótima maneira de fidelizar os clientes para que, num breve espaço de tempo e, caso os processos bem conduzidos e consistentes, tornem-se leais e recomendem as marcas que provaram ser, claramente, provedoras de resultados positivos e concretos. 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Tintas Coral


Com o objetivo de promover a superioridade técnica do produto "Acrílico Total", a Coral colocou como mote central da campanha uma estratégia muitas vezes esquecida (ou renegada a um segundo plano), mas que tem um enorme apelo: os atributos da garantia! Não ficou só no blá-blá-blá técnico. Foi além, desafiando os clientes e os eventuais incrédulos. Esperta, ela sabe que apostar - sem titubear - na qualidade do seu produto e colocar a faca no próprio pescoço gera confiança nas pessoas. Mas ela deve saber também que não pode decepcioná-las. É um jogo perigoso. Para entrar nele com boas chances de êxito, o produto precisa ser incrivelmente bom. Significa ser testado, retestado, re-retestado, confrontado mil vezes com outros que tais no mercado e...repetir tudo de novo. Caso contrário, pode semear prejuízo e, pior, falta de credibilidade e até chacota. Portanto, todo cuidado é pouco. Mas, se bem pensado e conduzido, os ganhos podem ser enormes, estratosféricos. Afinal, como competir com um produto que diz que devolve o nosso dinheiro caso os resultados não atinjam os parâmetros técnicos propostos? É um argumento muito forte para ser ignorado.

Sobre a campanha em si, aparenta estar bem estruturada: regulamento transparente e facilmente acessível, destaque central na home do site, presença patrocinada nas redes sociais, garoto-propaganda de peso (não peso no sentido literal, claro), identidade visual exclusiva, materiais de ponto-de-venda, e por aí vai. E outro detalhe importante, já comentado neste blog: para participar da campanha é necessário um cadastro no qual, obviamente, os dados requeridos poderão ser utilizados - desde que previamente permitidos - em futuras campanhas de marketing direto e de relacionamento da marca. É até provável, aliás, que pouca gente se disponha à fazer a tal confrontação técnica estimulada pela Coral mas, só o apelo em si, já é uma prova irresistível de convicção da marca. Pouca gente duvidaria da Coral. O produto deve ser bom mesmo e vale o que proporciona. Vou comprar! A duração da campanha é de 3 meses (até dez/14). Talvez pudessem ter esticado um pouco mais para aproveitar o primeiro trimestre do ano, tradicionalmente desaquecido em vendas no segmento em questão. De qualquer forma, é legal ver desafios como este invadindo a nossa praia. O que faria a concorrência agora? Difícil...

sábado, 27 de setembro de 2014

Artigo: Marketing, uma visão holística

Com o crescimento exponencial de vertentes e nomenclaturas, por vezes urge sentar à frente de um papel sulfite e, com um velho lápis-borracha, tentar encaixar todas as peças ao redor do tabuleiro de marketing. Este exercício, quase infantil, muitas vezes é o que há de melhor para iluminar a mente. O benefício mais significativo seria, talvez, estabelecer a ordem em um cenário de caos. O que é meio? O que é fim? O que é modismo? O que veio para ficar? Sob este prima, a proposta aqui é definir uma espinha dorsal sequencial e recheá-la com breves comentários que pudessem alocar todas as possibilidades. Ou boa parte delas. Um desafio instigante e tanto. A espinha dorsal: Posicionamento, Branding, Identidade Visual e Plano de Marketing. Entremeando, Inovação e Inteligência de Mercado.

Posicionamento
Um bom posicionamento facilita a assimilação da proposta da marca pela mente humana, a real arena da batalha de marketing. Foco é o nome do jogo. O menos é mais, diria Al Ries. Em geral, imaginando um grande tronco de árvore, escolhem-se os galhos e os galhos dos galhos. Se forem nichos não atendidos ou mal explorados, melhor ainda (o pioneirismo é sempre uma forte vantagem competitiva). A varejista norte-americana de produtos esportivos só para mulheres Lady Foot Locker e a fabricante alemã de abrasivos diamantados industriais Winter parecem entender bem o conceito e "não-de-hoje" já garantiram espaços privilegiados nos congestionados cérebros dos seus públicos-alvo.

Branding
O branding é uma declaração de compromissos. Reforça o posicionamento e serve como base para as estratégias de marketing. É o famoso conjunto de missão, visão e princípios da marca. Esperamos da Johnson & Johnson nada menos do que produtos e serviços que façam a concorrência babar. Afinal, ela mesma declara dentre as suas promessas que “...para atender suas necessidades (as dos clientes), tudo o que fizermos deve ser de alta qualidade...”. É preciso baixar a qualidade por algum motivo? Só nos façam um favor: batizem com outro nome, não com o da J&J. Vocês não podem fazer negócios a qualquer custo. Afinal, tem um nome a zelar. Isso é branding.

Identidade Visual
O set de nome, logotipo, slogan e símbolo deve refletir o posicionamento e as promessas de branding da marca. Portanto, é um capítulo mais relevante do que parece. E bem técnico também. Pontos como disponibilidade e registro, simplicidade, fontes, cores (e suas combinações), sonoridade, associações, conotações, extensões, alinhamento global, dentre outros, são fatores que devem ser levados em consideração. Estudos de caso como a Bosch, a Pixar, a Brasilit, a Abril e o Johnnie Walker são bons exemplos de como a identidade visual pode jogar a favor da marca. O Bis, o Crocodilo da Lacoste e o "Think Different" da Apple já dizem tudo.

Plano de Marketing
Hora de transitar entre os 4ps de McCarthy. Todos os seus tópicos devem observar a natureza estratégica da marca, exposta nos três parágrafos anteriores. Qualquer que seja o produto com o selo da brasileira Granado, por exemplo, deve manter os seus atributos essencialmente naturais e recicláveis. E uma eventual extensão de marca deve respeitar o seu universo de atuação. O nível de atendimento da Zappos carece rivalizar com o dos bombeiros (e, considerando as suas missões distintas, já rivaliza). O preço de um polidor automotivo da 3M deve traduzir o seu valor. E valor é diferente de preço. Podemos ainda nos deleitar nas escolhas de combinações de algumas das duzentas ferramentas de comunicação e promoção defendidas pelo mestre guerrilheiro J.C.Levinson (ah...as tão apregoadas mídias sociais estão entre elas, portanto, são importantes e indispensáveis como meio e não como fim em si mesmas) e nos divertir com tantas opções contemporâneas de distribuição de produtos e serviços. Mas sem uma boa execução e mensuração, ficamos só no plano de intenções. E somente intenções não ganha jogo.

Inovação
Seguindo a doutrina do Design Thinking (quiçá o conceito mais admirável em negócios), em linhas gerais, partimos de um entendimento integral do público-alvo, lançamos mão de ferramentas como prototipagem, brainstorming, workshop criativo e equipes multidisciplinares, extraímos insights inovadores e produzimos diferenciais estratégicos consistentes. Até uma certa bagunça organizada é permitida durante o processo. Nada fácil, rápido e garantido - é bom que se diga -, mas uma boa tacada pode render frutos extraordinários. Toda empresa de vanguarda certamente tem um sólido programa de inovação plantado em um dos seus pilares estratégicos.

Inteligência de Mercado
Contendo em seu amplo território a Pesquisa de Mercado, IM serve à todos os pontos da proposta de espinha dorsal do marketing ao se comprometer à investigar, analisar e monitorar os campos de clientes, concorrentes e mercados, o tripé necessário. São muitas as suas ferramentas e todas merecem uma atenção pra lá de especial, especialmente o CRM. Neste blog, inclusive, já foi publicado um artigo dedicado ao seu entendimento, benefícios e limites. Mas ainda é pouco.

Limites
Marketing tem os seus, claro. De nada adianta trabalhar bem todas as suas possibilidades se o planejamento falhar, se a fábrica não entregar, se a qualidade hesitar, se a logística tropeçar ou se o vendedor trincar no momento do fechamento da venda. E vice-versa. Marketing também pode por tudo a perder, senão bem pensado, alinhado (externa e internamente) e executado. Por isso, espera-se cada vez mais sinergia e colaboração entre as áreas, objetivando uma convergência comum: a concretização das estratégias que efetivam os propósitos maiores da existência de uma organização e de suas marcas.

Complexo?
Sim. Diante de tudo o que nos bombardeia quase diariamente no que se refere às novas alternativas e batismos de marketing, página e meia de uma incumbência que se propõe ser sucinta, convenhamos, até que está razoável. De qualquer forma, atrevidamente "a lá Graciliano Ramos", valeu o exercício.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Marketing Minds

Grátis e Online: duas palavras poderosas no marketing moderno. A primeira informa, presta serviços, educa, atiça, fideliza e, de carona, alavanca negócios. A segunda propicia benefícios inestimáveis nos dias de hoje: independência da mobilidade, otimização do tempo e redução de custos. O pessoal do Marketing Minds sabe bem disso e promove um ciclo de palestras gratuitas e online com temas e pessoas bem bacanas. É quase obrigatório para marqueteiros minimamente antenados. Detalhe: fazem uma comunicação bem assertiva e atraente. Dá vontade de se inscrever na hora! Não surpreende, pois entendem do riscado. Abaixo uma das peças publicitárias do evento:


Para mais informações:
http://www.marketingminds.com.br/

domingo, 21 de setembro de 2014

Lexicon Branding

Os gringos do lado oeste da América do Norte - mais precisamente entre o México e o Canadá - são danados mesmo. Antenados, visionários e arrojados, criam negócios promissores, inusitados, improváveis e, em geral, muito antes dos outros meros terráqueos. Mesmo que dê errado, tentam. Sob um risco calculado e razoável, por quê não? O preço de ser um seguidor costuma não compensar. Também adoram descobrir novas brechas no mercado (pequenos nichos não atendidos ou mal explorados) e anunciar que chegaram para resolver o problema, mesmo que muitos clientes em potencial não tenham a menor ideia de que tem um problema relevante em mãos. São autênticos discípulos do lendário Al Ries: no marketing, o menos é mais. 

Pois bem, desde 1982 (há 34 anos), existe um business na Califórnia especializado em...criar nomes de marcas. Banal, hein? Não! Técnica pura. Questões como perfil do público-alvo, natureza do negócio, globalização, repercussões culturais e linguísticas, eventuais imposições legais, poder de síntese, impacto visual, significados associados, fonética, cores e combinações, fonte das letras, emprego do maiúsculo e do minúsculo, disponibilidade de registro, dentre outros, são levadas em consideração. Juntamente com o logotipo, o slogan e o símbolo, o nome compõe a chamada identidade visual da marca e é parte integrante do processo de branding. Portanto, não é pouca coisa.

Enfim, a empresa é a Lexiton Branding e, só para dar um gostinho, duas criações dos caras bem conhecidas por aqui:

        

No site, tem muito mais:

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DuPont

Para os menos atentos, ações de responsabilidade social e ambiental são sim estratégias de marketing. E das mais nobres e impactantes. Nos dias de hoje, não esperamos somente bons produtos e serviços de uma marca - ou algum tipo de conexão emocional -, mas também que ela tenha um papel relevante na sociedade. Em seu "Marketing 3.0", Kotler escancarou o que todos já sabiam. E que bom que seja assim. Tempos modernos...   

A DuPont, em parceria com a ONG United Way Brasil (http://www.unitedwaybrasil.org.br), criou o programa "Cultivando Cidadãos Teen", atuando em uma vertente infalível: a informação. Ela gera conhecimento e conhecimento nos livra das trevas da ignorância. Em linhas gerais, funcionários da empresa doam parte do seu tempo compartilhando dicas, conteúdos e experiências para grupos de adolescentes da comunidade onde está inserida.

O programa é dividido em três grandes módulos (Alimentação, Energia e Proteção), rodadas com duração de três meses e com times de até 30 participantes. A molecada deve aplicar o que aprendeu em suas coletividades, beneficiando todo o entorno. A DuPont, como muitas outras empresas antenadas com o nosso tempo, entende que colocar esforço em um projeto social estimula um fluxo virtuoso. Senão, vejamos:

"pessoas-mais-conscientes-e-esclarecidas-comunidades-melhores-cidades-melhores-países-melhores-crescimento-com-bem-estar-melhor-ambiente-para-as-empresas-prosperarem".

Portanto, todos ganham! E, de quebra, reforça-se positivamente a imagem da marca.
Nós, marqueteiros de plantão, queremos mais do que isso? 

Sobre a comunicação do projeto pela DuPont, lição de casa feita no Twitter e no Youtube, além da geração de algumas mídias espontâneas. Só faltou um destaque na home do site institucional.

Abaixo o vídeo institucional do projeto:

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O Boticário



Além de uma fácil assimilação da sistemática do cerne do seu programa de relacionamento ("compras-CPF-pontos-acumulados-troca-por-descontos-nas-lojas-da-rede"), o "Clube Viva O Boticário" foi cuidadoso também com um ponto por vezes negligenciado em muitas empresas: o cadastro de clientes. Tão cuidadoso que o levou a um grande destaque na home do hotsite da campanha e ainda oferece incentivo extra para as pessoas que se cadastrarem nele. Ter uma política de constante atualização e enriquecimento do mailing é primordial para ações de marketing direto - em particular -, e notadamente o e-mail marketing. Boas redações e criações publicitárias de nada adiantam se não atingirem o público (já cliente) ou o chamado prospect. E essa preocupação vale para qualquer porte ou natureza de negócio. É como aquela antiga caderneta de fregueses da quitanda do português: tem que estar em dia! Ah...comprar listas prontas por aí? Quase sempre é uma furada. Melhor garantir a qualidade por meio de iniciativas próprias, como está fazendo O Boticário. Por que se fala tão pouco em políticas e qualidade do mailing nas empresas? 

De resto, tudo como manda o figurino: método simples, regras claras, premiações atraentes, experiências com a marca e comunicação integrada (anúncios em revistas offline, hotsite, atendimento/FAQ exclusivo, reforço nas redes sociais, etc.). Mas nem por isso fácil de ser feito. Há ainda toda a parte legal de se executar uma ação promocional pública, alinhamento interno, naming, definição das métricas de aferimento, integração com franqueados, etc.etc.etc. Portanto, bem complexo. Mas O Boticário é uma marca de vanguarda e experiente. Dá conta do recado!

Hotsite do programa de relacionamento de O Boticário:
https://clubeviva.boticario.com.br/

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Esser

Noves fora um slogan mais do que previsível - quase infame - e o um garoto-propaganda um tanto questionável, a realidade é que esta campanha promocional da Esser tem tudo para arrebentar. A ideia não é original (Caixa e Casas Bahia já tinham feito algo similar) mas, além de copiar boas estratégias alheias não ser um crime (embora deva ser utilizada com muita, mas com muita moderação...), a reflexão principal aqui é sobre um conceito fundamental na formulação das táticas de marketing: a combinação adequada de ferramentas e o foco/energia na execução. Nesta linha a Esser, ao que parece, é uma marca com um autêntico espírito guerrilheiro e está deixando os seus oponentes mais diretos comendo poeira. 


Mas vamos às ferramentas, sem entrar nos detalhes: para começar, os pilares de ouro para uma boa campanha promocional: comunicação agressiva (online e offline - e agressiva no melhor sentido), regras claras e premiações atraentes. Também concorrem o esforço comercial (os tais "até 40% de desconto") para alavancar o volume de vendas  - subentende-se que margens saudáveis estejam sendo preservadas - e a consciência da importância em fazer o cliente "experimentar a marca" por meio desta ação. Por isso, o ponto-de-encontro na Avenida Marquês de São Vicente onde, espera-se, a marca aproveite cada segundo com o potencial comprador para tentar encantá-lo, desde o brinde até a empatia do vendedor, passando por todo o resto. E, de bônus, a campanha já está gerando muita mídia espontânea. Surpresa será se for um fiasco. 

Voltando ao slogan e ao garoto-propaganda: aprendemos nas primeiras aulas de marketing que não podemos ser preconceituosos e que devemos tentar pensar sempre com a cabeça do público-alvo. Isto posto e, apesar do gosto duvidoso, essas escolhas devem funcionar bem.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Apple Watch

Antes de mais nada, por que raios "Apple Watch" e não adotar a já consagrada fórmula de batizar a marca com nome da categoria na sequência da vogal "i"? Assim como foi com o iPad, o iPod, o iPhone e o iTunes, teríamos o iWatch. De tão previsível, resolveram contrariar. Mas, principalmente, no caso da Apple, quem manda são os clientes, ou melhor, os fãs. Tim Cook que se cuide! É bem provável que o nome paralelo vingue mais do que o oficial. Veremos. 


Não se discute, à princípio, a elegância e a tecnologia do relógio da Apple. Pelo que se viu na apresentação do produto, estes atributos foram bem preservados. O ponto de reflexão, porém, reside na categoria em si. Relógio? Não estamos, com o domínio dos smartphones - em especial - vivendo uma era de declínio dos relógios? Assim como foi com os "rádios-relógios-despertadores" (urgh!!!)? 

Alguns podem argumentar que precisamos de relógios mais técnicos para correr ou mergulhar. E que ainda é complicado para os smartphones substituí-los. De acordo, mas o grosso da sua utilização é no dia-a-dia mesmo, no escritório, na sala de aula ou, simplesmente, em casa. Será que os smartphones, com os seus relógios embutidos, não estão engolindo este antigo gadget?

Por enquanto, sem um estudo científico na manga, é só impressão mesmo. De qualquer forma, de cara, percebe-se que não é uma ruptura dos tempos de Steve Jobs. Ele, no comando, criou novas categorias ou revolucionou radicalmente categorias previamente existentes. E foi pioneiro em muitas delas. Não parece ser este o caso. Será que ele aprovaria tal estratégia? Não sem antes colocar um bom tempero a mais neste caldo.

Mas ampliando um pouco a análise, é interessante notar a concretização crescente da chamada onda das "tecnologias vestíveis". Certamente, aquelas marcas mais atentas em comportamentos, necessidades e desejos dos consumidores (latentes ou não) previram-nas em algum ponto um tanto distante, e foram corajosas o suficiente para desbravar esse mercado e encarar o desafio.

Para lembrar algumas apostas que vem dando bons frutos neste campo, fiquemos com o "tênis-meia" FlyKnit da Nike, a camiseta de compressão para running da Under Armour, o Google Glass (dispensa apresentações) e o já consagrado sucesso de vendas Beats, um super-fone de ouvido e alvo de cobiça antiga da própria Apple. 


Sem dúvida, as tecnologias vestíveis vieram para ficar porque atuam em uma ou mais combinações das ditas "tendências irreversíveis": mobilidade, conforto, design, conexão em rede, status e associações (vínculos) emocionais. Muitas apostas, claro, podem ficar no meio do caminho, por um motivo ou por outro. É o risco do jogo. Mas, desde que com a carta certa na mão, é sempre melhor tentar dominar o território antes do que ter que combater o prefeito depois.  

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Studio Innovare (2)

Voltando ao Studio Innovare e à mais um filho do dono deste blog. Agora, uma breve explicação sobre a proposta para a nova Identidade Visual da Marca. Após discussões essencialmente estratégicas em torno do posicionamento e do branding (promessas expressas nas declarações de missão, visão e valores da marca), é chegada a hora do seu "batismo". Uma parte, reconheçamos, bastante agradável do trabalho geral de marketing, pois envolve muita criação e inspiração. O nome já existia, portanto, concentramo-nos nos demais elementos do naming. Antes de mais nada, é importante ressaltar que o conjunto final deve estar 100% submisso e alinhado aos dois pontos previamente mencionados (posicionamento e branding). E o que vier depois também, claro. Caso contrário, a "espinha dorsal" se quebra, a marca perde credibilidade (há algo pior?) e os stakeholders tendem a ficar confusos. Mas, afinal, o que vem depois? Bom...plano de marketing, plano de mídia, políticas de atração, retenção e relacionamento com clientes, estratégias de pesquisas de mercado, métodos para inovação, e muito mais. Por ora, vamos nos ater à motivação original deste post e apresentar os principais argumentos técnicos que sustentaram a proposta da nova identidade visual da marca Innovare. Lembrando sempre que, no marketing, nada é (ou deveria ser) por acaso...

1 - Posicionamento da Marca:
Produtos e serviços de beleza e bem-estar, com foco no público feminino e nas classes A e B.

2 - Branding da Marca:

Missão: Prover serviços de alta qualidade e ótimo atendimento nos conceitos de beleza e bem-estar, com foco no público feminino e nas classes A e B.

Visão: beleza e bem-estar são pontos com tendências irreversíveis de crescimento e valorização. As pessoas querem se sentir cada vez mais bonitas e equilibradas.

Valores: boa qualidade, ótimo atendimento, conveniência, ética, responsabilidade ambiental e social.

3 - Proposta para a Identidade Visual da Marca:


Argumentos técnicos:

Tipografia: lembra lugares amplos e arejados, tal qual um "Templo Grego". A fonte utilizada remete ao clássico e ao elegante. As letras maiúsculas são vinculadas ao poder e à liderança. O tom de dourado mais claro (em diagonal) oferece uma certa ilusão de movimento das letras. E a cor dourada intensa aponta para um público mais maduro e requintado. Pensada para as classes A e B.

Slogan: a caixa mais alta é para se destacar do subtítulo e o ponto de exclamação serve para estimular uma ação imediata. Também é uma espécie de provocação ao público-alvo, além de estar coerente com a missão da marca.

Subtítulo: funciona como um descritivo instantâneo sobre a razão de ser da marca. O termo "Spa apresenta uma fonética mais impactante e o seu significado está mais em linha com a proposta do negócio, além de estar se popularizando rapidamente entre os brasileiros. A cor preta funciona como um bom contraste ao predominante dourado da Identidade Visual.

Símbolo: mescla entre o público-alvo do negócio (mulheres) e a lua crescente que, por sua vez, significa os aspectos cíclicos da natureza e a renovação contínua a que todos estamos sujeitos. O conceito é coerente com a proposta do slogan e a cor é uma continuação da tipografia, dando um sentido mais conciso à Identidade Visual. Os tons diferenciados da lua remetem a uma movimentação constante, seguindo a proposta da tipografia.

Claro, será necessário também um Manual de Identidade Visual, uma espécie de guia com as especificações e as orientações necessárias para uso correto do logotipo e dos demais elementos do naming da marca, incluindo recomendações para o seu uso "invertido", no caso de fundos escuros.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Foto do Dia

Publicidade à prova de som e de texto. O slogan já diz tudo...


2020

Um dos maiores desafios da área de inteligência de mercado (ou nomenclatura similar) é, sem dúvida, tentar montar cenários de consumo no longo prazo a partir de profundos estudos de tendências. Longo prazo? Coisa de 5, 10, 20 anos. Simples: como deveria ser o aspecto e a tecnologia de uma retroescavadeira em 2022? Ou o sistema de lixamento e polimento em uma concessionária de veículos leves em 2025? Simples, só que não. Por outro lado, nada é mais prazeroso do que ajudar uma marca a sair na frente da concorrência com produtos e serviços inovadores, fundamentados nessas análises. Como nos ensina o conceito de design thinking, tudo deve ser centrado nas necessidades - latentes e/ou ocultas - do ser humano. Todo o desenvolvimento vem depois. Mas vale para clientes industriais também? Claro! Afinal, as empresas são formadas de quê? Bingo, de seres humanos. Sabemos que este é um tipo de estudo que representa muito pouco dentre as diversas ferramentas de pesquisa e de inteligência de mercado nos cardápios dos institutos, consultorias e empresas, normalmente mais centradas em projetos de curto e médio prazos. Mas não podemos esquecer dessa "perninha" mais nobre das análises setoriais. Em linhas gerais, para tanto, é preciso células próprias, profissionais de diversas vertentes e culturas (dentre eles, um antropólogo, certamente), eventualmente um suporte de consultoria externa, metodologia, processos, etc. e, obviamente, apoio incondicional da diretoria para que essa visão de longo prazo se materialize aos olhos da empresa. Deste modo, é mais fácil antecipar tendências, surpreender e dominar territórios na mente das pessoas, onde reside, aliás, a real batalha entre os marketeiros. Para não ficarmos somente na de sempre (sim, a Apple), apropriaram-se desta filosofia - mesmo que algumas de maneira quase empírica - marcas como a Whirlpool, a Subway e as brazucas Mundo Verde e Suco Bagaço. Em comum, todas se adiantaram por meio de boas sacadas extraídas das necessidades intrínsecas das pessoas e foram com tudo ao mercado. Agora fica difícil deslocá-las da cabeça delas. Só com estratégias de muita oposição ao que são em essência. Aí é outra história. Daria um extenso artigo. No vídeo abaixo, a Ernst & Young resolveu brincar um pouco de futurologia e nos brindou com um divertido "daily basis" de uma típica mãe e o seu filho no ano de 2020, focado na comunicação em rede. Esses exercícios, muitos sem o devido cuidado científico, preveem algumas bobagens homéricas, mas há também as bolas na caçapa. Neste caso, sei não, com esta profusão cada vez mais exponencial do data marketing e com os acessos e qualidade das conexões de internet em franco crescimento, é razoavelmente provável deduzir que não estaremos muito longe disso daqui há seis anos. Mas há um efeito colateral. Eles explicam.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Studio Innovare



Dizem que comunicação em marketing é uma espécie de adequação harmoniosa entre arte e ciência. É verdade! Talvez "arte à serviço da ciência" ressoasse ainda melhor. Este anúncio em uma revista segmentada de uma cidade da Grande São Paulo, para um Studio de beleza e bem-estar, é filho do dono deste blog e tenta ajudar uma pequena empresa a ativar, estreitar e reativar o relacionamento com os seus clientes por meio de uma campanha de incentivo. Obviamente, espera-se melhores resultados no curto prazo em índices como vendas, lucratividade, ticket médio, fidelidade e lealdade da freguesia. Pacotes interessantes estão sendo discutidos e serão oferecidos no sentido de aproveitar o - certamente - aumento súbito de visitantes na loja. E é assim que tem que ser. Pensar como um sistema e não como uma ação isolada. 

Mas vamos aos argumentos técnicos e artísticos do anúncio:
  • Um apelo sugestivo e isolado da caixa de texto para chamar a atenção do leitor. A criatividade fala alto ao expor a mensagem em forma de sombra na areia, causada pelo Sol.
  • Destaque para o termo "Grátis", sempre uma palavra forte na comunicação em marketing.
  • Um título forte para a abertura do texto, ressaltando a importância de se começar - desde já - os preparativos para o verão 2014/2015.
  • O primeiro parágrafo do texto procura explicar a oferta.
  • O segundo parágrafo do texto procura explicar os benefícios da oferta (impressionante como muitos profissionais esquecem este pequeno detalhe...).
  • Em seguida, duas chamadas fortes (em caixa alta e em vermelho), convocando os clientes à AGIR! Eles, afinal, esperam que os orientem a fazer alguma coisa.
  • O quarto bloco dedica-se aos dados e às formas de contato, e ao endereço físico do Studio, fechando com a validade da campanha e um aviso extra reforçando a urgência em se fazer algo (as vagas, afinal, são limitadas).
  • Fechamos a comunicação com o logotipo e com um subtítulo (não tinha), ressaltando o core business da marca (Beleza e Bem-Estar). Tudo para facilitar rapidamente o entendimento das pessoas.
  • Arte: uma temática de praia e de mata atlântica, remetendo, obviamente, ao verão. Tudo a ver!
  • As fontes e as cores mais leves, vivas e despojadas (quase cursivas) são para combinar com a estação-alvo. Tudo a ver!
  • A página do texto é levemente "vazada", por meio da qual conseguimos perceber o mar, as ondas e o céu no fundo, otimizando o conjunto da arte.
  • Pronto! Uma adequação harmoniosa entre arte e ciência. É só isso o que procuramos. Mas, claro, não é tão simples assim. O fato é que a publicidade precisa conter o seu ego intrínseco e não pode se preocupar somente em ser criativa, atraente ou bonita demais. Ela deve ser tudo isso mas, antes de mais nada, as pessoas precisam lembrar da marca pós-anúncio e ser compelidas a ligar, perguntar, consultar, pedir e COMPRAR! Caso contrário, a iniciativa não terá valido a pena. E, se para isso, for necessário um texto mais incisivo, direto e, por vezes, mais longo, que assim seja. As empresas e suas marcas precisam vender, e vender com lucratividade. A publicidade deve estar à serviço desta missão. Ponto!
Mas só isso não resolve!

Um bom plano de marketing é - especialmente no capítulo de comunicação - uma combinação de várias ferramentas harmonizadas com a essência da marca, o seu público-alvo e o bolso da empresa. Este ponto, aliás, já sabemos que é bem mais sensível às pequenas e médias. Elas tem menos chances de errar. Assim, otimização de recursos, criatividade e uma receita de mídia na dose certa são tudo! No caso deste anúncio, em particular, o empresário foi alertado sobre a orientação que deve ser feita à equipe quanto ao atendimento das ligações. Ela deve estar bem orientada, ganhar confiança e ter a autonomia necessária para tomar as decisões com agilidade e firmeza. Ao mesmo tempo, pode-se aproveitar a potencialidade de um material como esse e aproveitá-lo para várias outras ações, como mala direta, e-mail marketing, panfletos para distribuição, cartazetes e banners no interior da loja, totem na fachada, postagens no site, facebook, instagram e/ou twitter, entre outras possibilidades. Muitas à custo zero, ou próximas disso. E mesmo em outras edições da mesma revista, investindo em atributos ainda pouco valorizados em nosso meio: frequência e paciência. Marketing não é, definitivamente, um potinho mágico em que os problemas são resolvidos da noite para o dia. Por outro lado, a mensuração das ações é fundamental. Como já explorado em outro artigo aqui neste blog (http://clearbranding.blogspot.com.br/2014/05/artigo-resultados-de-marketing.html), todas são passiveis de mensuração. Basta um pouco de consciência, planejamento e conhecimento para detectar - após um período adequado -, o que está dando certo, o que merece um pouco mais de persistência e o que está claramente naufragando, corrigir o rumo e continuar investindo no marketing que dá lucro.

domingo, 31 de agosto de 2014

Ambev


Inteligente e oportuna por vários motivos a estratégia da Ambev com o seu projeto "NOSSO BAR", uma franquia pensada para a marca Brahma. Destaco três deles fora, obviamente, a exclusividade para as suas marcas: 1 - manter o controle da experiência da marca, por meio do tradicional suporte em gestão e marketing das grandes marcas aos franqueados, 2 - o crescimento por franquias costuma apresentar um ritmo mais acelerado do que a média e 3 - "ataca" uma faixa da população que cresceu exponencialmente (a chamada classe C) na última década e meia no Brasil, e continua ávida por qualidade, inovação e um certo "status" social. Neste aspecto, por sinal, a Brahma surfa bem, muito bem. Contribuem também o investimento inicial bem acessível (R$ 28 mil) e um faturamento médio de R$ 25 mil, nada mal para o extrato social em questão. O retorno é estimado em 12 meses. Além,  claro, da própria força da marca, sempre um "chamariz" mais intenso para os eventuais interessados em obter uma franquia e um potente propulsor para alavancar rapidamente o projeto no sentido de cumprir os objetivos propostos. Não é um projeto exatamente novo - começou em 2011 - mas recentemente foi turbinado pela empresa ao expandir-se além da Grande São Paulo, rumando para o interior do estado e para o Rio de Janeiro. A expectativa é chegar à 1,5 mil unidades até dezembro deste ano, quase o dobro do patamar atual. É bom acreditar, pois a Ambev não costuma brincar em serviço.   

Exemplo do aspecto externo:


Exemplo do aspecto interno:


Site do projeto:

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Did You Know? Shift Happens 2014

Esta série vem sendo atualizada ano após ano e, a cada ano, parece mais assustadora para uns ou mais promissora para outros. Difícil mesmo é ficar indiferente. De qualquer forma, o que poucos duvidam é sobre a profundidade, a radicalidade e a velocidade dessas mudanças...




segunda-feira, 11 de agosto de 2014

PiniOn

Trabalhando no conceito de pesquisas de mercado por meio de tecnologia mobile, o PiniOn (clara a pegadinha fonética inserida no nome?) é um aplicativo gratuito para IOS e Android que, em linhas gerais, recompensa em dinheiro aqueles que respondem aos seus questionários. Desde já, incentivo não é uma novidade em pesquisas de mercado, porém dinheiro é mais raro. O valor varia de R$ 0,50 à R$ 10 por pesquisa, dependendo de algumas variáveis (e existe um corte mínimo para saque). O app, claro, é remunerado através das marcas interessadas em seus dados coletados no mercado. Não há interação com pesquisadores e há uma série de possibilidades de aplicações, como cliente oculto, avaliação da eficácia no PDV, análise das estratégias publicitárias, estudo de percepção de marca, etnografia (participante), dentre outras. 


Como tudo o que se refere à opções de ferramentas de pesquisa de mercado, há vantagens, desvantagens e limitações para cada uma delas. No campo das vantagens, no caso do PiniOn, destacam-se a versatilidade, a agilidade e a abrangência, tornando-o uma espécie de termômetro em tempo real sobre o que rola com a marca no mercado. Por outro lado, ele não consegue uma análise mais profunda sobre a origem de determinados fenômenos e comportamentos (onde questões como linguagem corporal e tom de voz, por exemplo, podem influenciar...), normalmente obtida por técnicas mais tradicionais de pesquisas qualitativas. Também, na metodologia quantitativa, não está claro se há algum tipo de tratamento estatístico que valide os resultados de campo (o que seria fundamental). Just in case, é mais uma ferramenta que deve ser considerada na composição do melhor arsenal em pesquisas de mercado para o monitoramento adequado das estratégias adotadas e para a geração de insights para a marca. 

Site do PiniOn: