E para fechar o ano, uma singela homenagem a uma tendência irreversível no Marketing: o Content Marketing (ou Marketing de Conteúdo). Bandeira arduamente carregada por gente visionária como Joe Pulizzi, Robert Rose, Michael Brenner e Jonathan Mildenhall e, no Brasil, por bandeirantes como Cássio Politi e Rafael Rez, o conceito veio para ficar. Até porque, surge do âmago da sociedade, uma necessidade contemporânea mais veemente no sentido de desejar receber mensagens cada vez mais customizadas, prestativas, orientativas e emocionais. Em suma, menos egocentrismo, narcisismo e agressividade das marcas. E mais utilidade na comunicação. A essência é sofisticada e exige muito esforço, sim - é preciso lançar mão de técnicas que envolvem desde inteligência de mercado até textos jornalísticos, e passando por inúmeras outras -, mas traz recompensas superiores também. Engana-se, todavia, quem imagina que o assunto é novo. Certamente a exposição e a conscientização são maiores nos dias de hoje, mas um conteúdo atraente vem de longe. Talvez o pontapé inicial de nossa era seja mesmo a revista The Furrow da John Deere, famosa por suas máquinas no mercado agrícola, principalmente. A iniciativa - meio que no puro instinto - procurou, antes de mais nada, prestar serviços aos clientes da marca, sem a neurótica ansiedade de querer empurrar (vender) produtos aos fregueses. Lançada em 1895, a atitude respeitou os princípios mais valorizados pelo seu fundador: ouvir e ensinar. E buscar incansavelmente o sucesso dos clientes. Todo o conteúdo da revista gira em torno disso, a publicidade é coadjuvante e a venda é consequência. Já são 119 anos assim...