domingo, 6 de dezembro de 2015

Amazon


É curioso notar que, por mais que se avance na tecnologia da informação, nos devices e nos apps (e por aí vai...)o ser humano tende a relativizar as suas importâncias no longo prazo.

Mas, de certa forma, é previsível, se lembrarmos que, no final das contas, alguns fatores que compõe a essência das pessoas são imutáveis e nos gritam, mais cedo ou mais tarde.

Afora o deslumbramento pelo "novo", a curva buscará, em geral, um nivelamento, até estabilizar.

Exemplo neste sentido é a recente inauguração da primeira loja física da Amazon, em Seattle, nos Estados Unidos.

A marca nasceu na web, derrubou modelos, mostrou como se faz marketing personalizado, quebrou concorrentes (em geral, pequenas livrarias) e fez história.

But (sempre tem um but...), mesmo que se alegue a queda vertiginosa dos e-books e a desvantagem do fluxo de caixa no sistema físico, o fato é que colocar um pé no concreto vai de encontro ao comportamento natural das pessoas. Vejamos:
  • A vontade de tocar no produto
  • A necessidade de conversar com outras pessoas
  • O ritual prazeroso de descobrir novidades (ou as novidades nos descobrirem...)
  • O hábito delicioso de um break para o café 
  • A experiência de, simplesmente, vivenciar o ambiente da loja 
Antigo, mas eterno.

Tanto é verdade que, os varejistas mais antenados e que nasceram no berço da internet, já fizeram as suas incursões no meio físico, tais como a Oppa (móveis), a Dafiti (moda) e a norte-americana Warby Parker (óculos). 

Portanto, um modelo misto de varejo online e físico é, a princípio, a melhor estratégia para aproveitar as potencialidades de ambos os canais. Sem radicalismos.

Como sempre, a natureza humana é a que dita os caminhos do jogo, conduzindo-nos ao bom senso.

Deu na Folha:

domingo, 29 de novembro de 2015

Surveys


Ask or Watch?

Mais uma pérola retirada do blog do sempre polêmico e direto Seth Godin (o blog dele é ótimo!).

Pérola não no sentido pejorativo, ao contrário, pela sua pertinência.

Em algumas poucas linhas, Godin nos provoca com a diferença entre perguntar e, simplesmente, assistir.

A preferência do "consultor-blogueiro-palestrante" é nítida: assistir é melhor.

E por quê?

Ele não aprofunda a tese, mas suspeitamos que seja pela naturalidade das reações do público em estudo, sem interferências.

Faz sentido! Grandes insights para inovações saem daí...

Em um Focus Group, há moderação, roteiros, estímulos e muito, muito ouvido.

Obviamente, não tem a mesma nobreza de conteúdo de um estudo etnográfico.

Mas então devemos abandonar as técnicas mais tradicionais de pesquisa?

Não, é claro. Um simples questionário pode ajudar, e muito.

Devemos apenas ter a sensibilidade de aplicar a técnica mais adequada, dependendo do objetivo, do tempo disponível, da complexidade e dos recursos (financeiros e pessoal), dentre outros.

Enfim, tem campo e situações para todo o extenso cardápio de pesquisas de mercado.

Posições radicais são sempre perigosas, mesmo advindas de um craque como Godin.

De qualquer forma, ao gastar apenas 1 minutinho lendo este post temos o benefício de, no mínimo, ampliar a percepção sobre um tema tão antigo, porém ainda muito vigoroso e relevante.

O link:

http://sethgodin.typepad.com/seths_blog/2015/11/surveys-and-focus-groups.html

sábado, 21 de novembro de 2015

Xerox

Sim, o case Xerox já foi muito, muito estudado.

Tanto as suas virtudes, quantos os seus defeitos, passando por suas causas e por seus efeitos.

No entanto, em seu "Brand Failures", Matt Haig destaca dois pontos que, embora não sejam exatamente novidades, fazem-nos refletir novamente sobre temas inerentemente estratégicos e fundamentais, como posicionamento, essência e extensão de marca.


Primeiro, a importância da percepção da marca na mente das pessoas: em alguns casos ela é tão marcante e associativa que inviabiliza qualquer tentativa de extensão. Xerox é sinônimo de copiadora e nada mais. Virou verbo, o sonho de dez entre dez profissionais de marketing. Pode inovar, claro, mas sempre dentro do território das...copiadoras. O ônus é a total indisposição dos consumidores em aceitar incursões da marca em outros produtos ou categorias. Nestes casos críticos, é mais prudente - segundo a tese central do texto - nadar a favor da maré ao invés de tentar ampliar ou reposicionar a marca à forceps. Por isso, a importância de colocá-la no "divã" (afinal, quem sou eu?), objetivando entender corretamente a sua essência e evitar alguns bilhões de dólares desperdiçados.

Segundo, o interessante comparativo entre o entendimento comum de posicionamento e extensão de marca pelas empresas norte-americanas, japonesas e as discípulas ocidentais destas: o autor mostra o outro lado da moeda ao contradizer gente do naipe de Al Ries e Jack Trout ao citar exemplos bem-sucedidos de marcas japonesas como Sony, Mitsubishi e Yamaha atuando em categorias tão díspares. Elas parecem não se incomodar em batizar com a mesma marca um carro e um banco. Ou um piano e uma motocicleta. Estão erradas? Não necessariamente.

Extensão de marca - já tratado aqui em artigo dedicado - é um assunto complexo, envolvendo a combinação de diversas variáveis: contexto, cultura, histórico, percepções geradas, nível de profundidade associativa na consciência das pessoas, nível de extensão, estratégia baseada em produto ou em temas mais abstratos como tecnologia, design, entretenimento, segurança e por aí vai. 

No caso da Xerox, é consenso que a junção - na dose e no momento adequados - de inovação disruptiva (a invenção de uma máquina inédita e relevante), nome apropriado e publicidade assertiva geraram um vínculo tão forte com as pessoas que tornou inaceitável pensar nela em outra categoria, que não a de copiadoras. Certamente, essa combinação se deu de forma e intensidade diferentes em outras marcas (inclusive as japonesas citadas) que obtiveram sucesso por meio da extensão - moderadas ou agressivas -, ajudando a explicar tal fenômeno . 

Assim, por mais que sejamos fãs do conceito de "estreitar o foco" de Ries e Trout (e eu sou!), temos que considerar todas as vertentes e particularidades do tema, aceitar a provocação de Haig e descer na profundidade da análise.

Mais do que este case, o livro é recheado de outros deliciosos e, sim, obrigatório para os amantes do branding e do marketing.

domingo, 15 de novembro de 2015

Itaipava


Ao que tudo indica, mais um caso clássico de promessas de marca não cumpridas.

Ou, em última instância, a destruição do branding da marca.

Destruição, aliás, costuma ser rápida. Já a construção...

Ainda no campo das investigações - mas com o desenho do batom na cueca cada vez mais nítido, o Sr.Itaipava (leia-se Walter Faria) recebeu dinheiro de propina oriunda da Petrobrás.

Walter Faria é quase um traço, já a Itaipava estava indo tão bem...

Até que a ausência de caráter e o deslumbramento de um sujeito pode pôr tudo a perder.

Só para ressaltar o que está em fonte pública (o site do grupo Petrópolis, proprietário da marca):

Lá no capítulo de "missão, visão e valores", neste último, têm-se:

Comprometimento - Objetividade - Simplicidade - Empreendedorismo - Respeito - Integridade

Respeito e integridade?

Passa longe...

No Brasil, em geral, ainda não se tem a plena consciência de que, no processo de construção de uma marca (o chamado branding), cada palavra, termo ou vírgula contam no conjunto do compromissos e, não adianta, todos os atores da sociedade estão cada vez mais atentos e intolerantes à deslizes.

Não só o MP e a PF.

Quantos não se sentiriam desconfortáveis em consumir uma marca que sangrou os cofres da maior empresa pública brasileira? Ou outra que, simplesmente, destruiu um rio em Minas Gerais?

Por isso que - e nunca é demais lembrar - o branding é muito (mas muito mais!) do que um logotipo ou um design de produto ou embalagem. Na verdade, é um dos pilares para o erguimento e para a sustentação, de maneira saudável, de uma marca na arena do business.  

Ainda bem...

Por fim, um lema que deveria ser comum à todas as empresas e marcas: 

Não fazemos negócios a qualquer custo! Os nossos princípios são inegociáveis!

Fonte consultada:
http://www1.folha.uol.com.br/conta-de-dono-de-cervejaria-recebeu-dinheiro-de-propina-da-petrobras

domingo, 8 de novembro de 2015

Personalidade de marca


Acertar em cheio a essência da personalidade de uma marca não é das tarefas mais fáceis.

O conceito é simples, porém a operacionalização nem tanto. 

Percepção (e não a realidade) é a regra do jogo.

É preciso critérios, métodos e tempo para amarrar todos os pontos e chegar à conclusões sólidas.

E quanto mais pessoas que lidam com a marca participarem, melhor. Os chamados stakeholders...

Mas, para que colocar tanto esforço nisso?

Porque é partir deste diagnóstico que o "tom" e as estratégias de marketing devem (ou deveriam) ser encaminhadas. Encaminhadas para criar diferenciações. Onde? Na mente das pessoas...

Uma dica que pode facilitar (ou inspirar) para este trabalho é uma ferramenta desenvolvida por Pamela Wilson para descobrir a verdadeira personalidade de uma marca.

Bem simples, pode, claro, ser adaptada ou evoluída para atender à propósitos específicos.

Existem outras por aí e - por que não? - podemos desenvolver a nossa própria também.

Pamela, blogueira e consultora, tem se notabilizado como uma das referências em branding, marketing de conteúdo e mídias sociais. Vale acompanhar o que ela anda sugerindo e escrevendo. 

Importante: o objetivo do quiz é tirar uma fotografia e não registrar o que gostaríamos que fosse o jeitão da marca.

Pode ser útil em um tema com processos e metodologias ainda tão desconexos e variados entre si.

O link:

domingo, 1 de novembro de 2015

Marketing de Conteúdo


Cada vez mais o Twitter se consolida como uma excelente plataforma para a rápida divulgação e absorção de informações úteis, relevantes, fonte de aprendizado e detecção de tendências. Desde que, claro, saibamos quem seguir na rede social.

Os 140 caracteres são só a ponta do iceberg. O interessante mesmo está nos links, viabilizados por uma séries de técnicas e interações com outras mídias. 
    
E deu no excelente blog Express Writers (https://expresswriters.com/blog/): uma lista com 60 profissionais de marketing de conteúdo que vale a pena seguir no Twitter. 

Impressionante como não ficamos, de prontidão, a par de tanta gente boa no tema. Para não seguir simplesmente todos, fiz um breve filtro para não me afogar em tanto conteúdo bacana e promissor para a "indústria" do marketing. 

Assim, juntando-se aos previamente conhecidos e selecionados Seth Godin e Joe Pulizzi, tenho, a partir de agora, na minha humilde página, gente do calibre de Julia McCoy, Jay Baer, David Burn, Pamela Wilson, Dou Kessler, e por aí vai...

Que bom viver em uma era em que conteúdo de qualidade está à distância de alguns cliques.

Só não evolui quem não quer.

domingo, 25 de outubro de 2015

Simplification


E lá se vão quase 20 anos de um artigo que se tornou um clássico do marketing estratégico.

Meio que escondido na vastidão da internet, é um texto obrigatório para os estudiosos do tema.

Provando-se atemporal, trata-se de um exame cuidadoso sobre a guinada da Procter & Gamble no início dos anos 1990, capitaneada pelo então chairman da companhia, John Pepper.

O conteúdo aborda, em linhas gerais, um longo e penoso processo de racionalização de produtos, que teve como principais consequências uma melhor assimilação do mix pelo mercado (menos confusão), redução de custos (propiciando margens maiores e preços mais competitivos), diminuição da burocracia com o varejo, expectativa de adaptação mais célere do novo cardápio P&G em âmbito global e, no final das contas (e o mais importante), servir melhor os clientes e os consumidores.  

Fundamentado em dados de pesquisa de mercado, no histórico de vendas dos canais e nas teorias de posicionamento (notadamente as correntes de Jack Trout e Al Ries), o valor agregado da análise é percebido pela série de marcas que, posteriormente, trilharam o mesmo caminho da empresa de Cincinnati. 

Posto isso, é impossível não ressaltar os incríveis 25% sobre sales o tamanho do budget de marketing da P&G em meados da última década do século XX. Mas eles decidiram traçar metas para que esse colosso fosse reduzido à "somente" 20%. Prova de que o branding e o marketing são mesmo o DNA da Procter.

O artigo na íntegra:

domingo, 18 de outubro de 2015

GoPro Awards


Só para os proprietários de uma GoPro:

Mais uma iniciativa de marketing de experiência e engajamento com os usuários da marca, que tem tudo para ser um mega sucesso. 

Trata-se de um programa de recompensa aos que compartilharem as suas fotos e videos em um hotsite dedicado à campanha e que, posteriormente, terá o seu material divulgado por meio dos diversos canais de mídia da GoPro.

Como incentivo, os prêmios serão polpudos (até U$ 5 milhões...). Por sua vez, os critérios são bem definidos, o nível de exigência é alto e os temas variados. Só podia ter um destaque maior na home do site...

Obviamente, ações de experiência e engajamento não são novidades mas, felizmente, as vemos com uma frequência maior, sinalizando, assim, uma redução do território da publicidade tradicional, reiteradamente boring e pouco efetiva...

O estímulo à auto-expressão das pessoas é sempre uma boa aposta.

Fonte:


sábado, 10 de outubro de 2015

Industry Day


Aconteceu no último dia 5 de outubro a abertura do Industry Day em São Paulo, evento organizado pelo EPIC (https://www.epicpeople.org/), uma instituição de origem norte-americana que estimula o conhecimento, os valores e a prática da etnografia como meio para gerar inovações relevantes em empresas de qualquer porte ou natureza.

O encontro em Sampa fez parte das comemorações dos dez anos da organização e contou com "gente" graúda como a Intel, o Google e a Nissan, mas também com gratas surpresas como a Insitum e a ReD Associates. Além disso, trouxe indicações bibliográficas sobre o assunto.

 

O mais importante foi reforçar "in loco" a visão sobre o poder cada vez maior do uso das ciências humanas como alavanca para a inovação significativa e duradoura para os negócios. Também gerou a percepção de que o Brasil está atrasado neste tema e que, até por isso, as oportunidades de avanço nesse campo - para profissionais e empresas - são enormes. 

Como chorinho, a descoberta de uma revista bem bacana sobre estudos culturais, comportamentais e antecipação de tendências, escrita por especialistas em...gente.

Vale conferir:

domingo, 4 de outubro de 2015

Festina

E da série "as-embalagens-mais-bacanas-do-mundo", uma da Festina, tradicional marca Suíço-Espanhola de relógios. Por meio dela, foi possível demonstrar claramente um dos benefícios do produto sem, sequer, precisar abrir a sua embalagem. 


Em resumo, o pacote é preenchido com água destilada e o relógio fica suspenso nele. Por vezes menosprezadas, as embalagens podem - sim - ser um elemento diferenciador para a marca.

Agência: Scholz & Friends
http://www.scholz-and-friends.de/

Fonte:
http://www.creativebloq.com/

Inbound Marketing


Para quem tiver interesse em ingressar no mundo do Inbound Marketing - uma espécie de mescla entre técnicas de pesquisa de mercado, CRM, marketing de conteúdo e mídia - o guia da AKNA é uma boa porta de entrada. Mas só isso!

O pleno êxito no uso da técnica dependerá de um bom aprofundamento e de uma forte interação entre os tópicos acima mencionados (além de muita disciplina, persistência e uma provável ajuda de especialistas...). Se vale a pena? Sim, por uma razão muito simples: as pessoas estão cada vez mais fartas de publicidades tradicionais, massificadas, sem relevância e fora de hora. Pouco?

Mas, então, deve-se riscar do mapa a publicidade tradicional? Não. É só dosar melhor.

Link para o download gratuito do material:

Fonte:

sábado, 26 de setembro de 2015

Pró Logo - uma breve resenha


Afora um certo exagero nas citações a marcas de luxo (porém compreensíveis, dadas as origens dos autores), a realidade é que Pró Logo - de Michel Chevalier e Gérald Mazzalovo - cumpre bem a sua missão de fazer um contra-ponto ao aclamado No Logo de Naomi Kein, o livro de cabeceira dos chamados ativistas anti-marcas. E o faz de forma bem fundamentada, respeitosa e elegante.

Embora boa parte do conteúdo seja de conhecimento dos estudiosos de branding, marketing e inovação, os autores trazem algumas reflexões adicionais como o papel das marcas como fatores de progresso social, econômico e cultural, o conceito de marca como contrato, os limites e os perigos da publicidade, o uso de ferramentas semióticas para a avaliação da identidade da marca e as atribuições dos consumidores, governos e associações nessa engrenagem toda.

Enfim, uma obra que complementa os best sellers e os materiais mais didáticos. Por isso, torna-se recomendável a sua leitura. Mas não acabou: no final, há um conjunto de ilustrações respaldando algumas das teorias apresentadas. Talvez a mais interessante desse agrupamento seja a menção à marca "PZero" da Pirelli, por meio da qual a marca diversificou a sua linha. O exemplo trazido se refere a um par de sapatos estilizado com o P característico da marca, uma alusão à pneus na sola e um slogan curioso: "Se você pode colocar pneus nos carros, por que não sapatos nos pés?"

sábado, 19 de setembro de 2015

Inovação


Reforçando um dos principais pilares da sua identidade de marca, a 3M mantem um site dedicado à inovação e, nele, um blog para inspirar e engajar. Nesse sentido, faz a lição de casa direitinho:
  • Bom destaque na "home" do site.
  • Frequência de novos conteúdos "no ponto".
  • Textos curtos e linguagem "friendly".
  • Bem servido em imagens e vídeos.
  • Opção de compartilhamento nas principais redes sociais.
  • E o melhor: está gerando interação, burburinho...
Os temas são variados e os exemplos diversos. E há ainda a nítida preocupação da marca em prover conteúdos interessantes e úteis, sem a "neura" de fazer publicidade nua e crua (na verdade, ela vem de "carona", sutilmente, elegantemente...).

Numa primeira análise, os meus posts preferidos são: uma chave com vários diâmetros para trabalhos manuais, um dispositivo acoplado aos carros que envia dados automáticos em casos de acidentes aos serviços de assistência, e um super sensor que identifica o câncer em estado inicial.

Além disso, oferece ferramentas para a inserção dos interessados no mundo da inovação, por meio de informações, dicas e cursos. Ponto positivo também para a proposta de adesão ao universo do tema e à proposta do site e do blog, mostrando-se mais atraente que a média.

Enfim, é o marketing de conteúdo ganhando cada vez mais relevância nas estratégias de comunicação das empresas/marcas. E isto é bom!

Aos amantes da matéria, vale a pena conferir.

sábado, 12 de setembro de 2015

Ballantine's


Matt Haig em seu prestigiado "Brand Failures" já havia nos alertado:

"The problem is that what companies consider sublime, the customer all too often treats as ridiculous".

A tradicionalíssima Ballantine's perdeu uma ótima chance de nos poupar de uma bobagem em escala universal, ao criar e divulgar um protótipo que permite beber o seu uísque no...espaço. A incrível sensação de ingerir o destilado em gravidade zero. Realmente incrível...e inútil.

Afora o prazer do desafio à física, o belo design do dispositivo, o enorme burburinho na redes sociais (ainda que, certamente, temporário e pouco efetivo) e o sempre válido argumento de manter a essência da marca em quaisquer cenários - embora, até agora, não nos explicaram como tal atitude possa ter alguma ligação relevante com a identidade da marca -, o fato é que a iniciativa continua sendo uma bobagem. 

E por quê?

Porquê se trata de um atributo de importância zero para nós, modestos consumidores terráqueos.

Valeria mais à pena investir um tantinho dessa verba no aprofundamento do entendimento das principais necessidades (e as suas respectivas importâncias) dos consumidores e, fundamentados nelas, apostar em novos modelos de negócio, produtos, serviços, comunicação, etc.

E tudo em linha com a essência da marca, claro. Simples assim, o conceito.

Bom, e ainda por fim, nos brindaram com um website dedicado ao projeto.

Sem mais.

Fonte: 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Deu no Meio & Mensagem


Recente pesquisa patrocinada pela IBM e pelo CMO Club (grupo com uma amostra da nata dos Diretores de Marketing), revelou a tendência dos investimentos em marketing próximos três anos. 

Os pontos mais importantes:
  • A maioria (57%) planeja aumentar a verba de marketing (o investimento vence o custo).
  • Finalmente o marketing de conteúdo passa a publicidade tradicional (13,3% versus 11,5%). 
  • Apesar disso, a publicidade tradicional permanece forte no radar, como tem que ser.
  • Os executivos ficarão mais atentos à pesquisa/comunicação na chamada "jornada do cliente".
  • Para tanto, estão dispostos à fragmentar ainda mais as alternativas de mídias.
  • Ganharão maior fatia no bolo as mídias sociais, os apps e o velho (e bom) e-mail marketing. 
Importante ficar alerta ao que esse pessoal pensa e planeja. Afinal, não estão ali por acaso e, mais notável, labutam diariamente no campo de batalha do marketing, ou seja, "a busca permanente pela significância nas mentes das pessoas"...

Acesso ao link da matéria na íntegra:

sábado, 29 de agosto de 2015

Splendid

Premiada comunicação israelense para um chocolate amargo da marca Splendid.

A peça conseguiu posicionar bem o produto como sendo de gosto elaborado, denso e voltado ao público adulto (daí o contraponto às crianças). Também mostrou uma queda - não oficial - às mulheres. Já são quase 730 mil visualizações...

O slogan então..."quando você crescer, vai entender", diz tudo.



Criação da renomada agência Saatchi & Saatchi.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

McWhopper


Pena que o McDonalds's recusou o convite, porquê a ideia do Burger King foi sensacional.

Criar um nome de marca - juntando termos dos principais produtos de duas empresas rivais em escala global - e lançá-lo no dia internacional da paz (21 de setembro), é uma sacada e tanto.  

Detalhe: lançamento e morte no mesmo dia. E toda a sua receita iria para uma instituição sem fins lucrativos. 

Sensacional, não? Vejamos os principais benefícios:

Imagem: ambas as marcas ganhariam bons pontos de simpatia e associações positivas.

Mídia: dada a atratividade do segmento e a notoriedade das marcas envolvidas, o burburinho extrapolou (e muito) os respectivos quartéis generais nos Estados Unidos, onde a ideia foi concebida. Virou burburinho no mundo inteiro... 

Tema: seria, talvez, um dos mais perfeitos encaixes de marca (marcas) em uma data comemorativa de alcance planetário em todos os tempos. Não adianta agora Coca-Pepsi, Apple-Samsung, Nike-Adidas, etc. quererem o mesmo efeito. Não vão conseguir.

Continuidade: essa iniciativa teria o potencial de se tornar rotina nos próximos anos, com novas combinações de produtos e evolução do projeto por meio da criação de novos elementos de marca (personagem, slogan, etc.), por exemplo. 

Responsabilidade social: quem não quer ou não torce por marcas (de qualquer natureza) que contribuam cada vez mais com as grandes preocupações da sociedade? Pois bem...

Categoria: seria mais um motivo para as pessoas irem a algum restaurante do Burger King ou do McDonald's no dia 21 de setembro de 2015, ao invés de irem a um "japa" ou a uma cantina italiana. Faz-se o bolo crescer e depois divide-se em pedaços maiores...

Que mais argumentos seriam necessários para o McDonald's aderir à proposta?

A percepção que se passa é a de que a turma de Chicago foi pega de surpresa, pensou com muita pressa e com muita emoção....e recusou a proposta.

sábado, 22 de agosto de 2015

Artigo: Extensões de Marca



Assunto sempre polêmico em função – dentre outros fatores – do crescente congestionamento de dados e informações nas mentes das pessoas, da brutal fragmentação da mídia contemporânea, do incessante conflito de expectativas entre vendas no curto prazo e gestão estratégica de marcas (branding), da administração racional do budget de marketing e, claro, da dinâmica dos demais atores envolvidos (notadamente concorrentes, canais de distribuição e as próprias reações dos consumidores), o tema requer algumas ponderações isentas de radicalismo no sentido de oferecer os melhores caminhos para a utilização adequada da essência da marca em outros produtos e categorias. 

Talvez a primeira tarefa em um eventual projeto de extensão é desenvolver um claro e consistente diagnóstico de percepções da marca: quais são os seus níveis de reconhecimento e lembrança espontânea? quais são as principais associações (concretas e abstratas) geradas no momento da citação de seu nome? quais são os seus diferenciais mais relevantes? A Lorenzetti é top of mind em duchas e chuveiros elétricos, e possui desde conexões mais nítidas como duchas, chuveiros, chuveiros elétricos, qualidade, tecnologia e preço acessível, até menos prováveis como fácil de encontrar, cor vermelha, origem italiana, home centers, responsabilidade ambiental e cidade de São Paulo.

Dada uma análise mais cuidadosa do cenário competitivo e da definição do posicionamento desejado, a pergunta que fica é: a sua essência de marca permitiria batizar produtos de iluminação, por exemplo? Lâmpada Lorenzetti? Até que ponto eu consigo capitalizar as associações e diferenciais da marca em outros segmentos de mercado, de tal forma que sejam elementos pertinentes e de singularidade na nova categoria de produto e, ao mesmo tempo, a marca não perca força (ou não confunda o meu consumidor em potencial) na categoria original? No popular, possivelmente uma boa analogia para esta matéria seria ter a sabedoria de esticar a corda sem roê-la...

Outra vantagem importante de um correto diagnóstico da essência da marca é que ele permitiria também uma análise prévia com o objetivo de elaborar hipóteses – para, preferencialmente, serem posteriormente verificadas por meio de pesquisas qualitativas – da extensão para novos produtos ou categorias. Assim, uma marca como a PWC, por exemplo, poderia ficar mais confortável na decisão de estender ou não o seu naming para pequenas e médias empresas ou para projetos de startup originários de incubadoras de universidades.

Considerando que a decisão de extensão da marca esteja em linha com a sua essência e com o seu conjunto de associações concretas e abstratas (e que todas elas tenham boas chances de serem percebidas no novo contexto), o marketing deve entrar em campo para apoiar fortemente tal decisão estratégica (leia-se a estruturação de um programa para os 4Ps dedicado à extensão...). Exemplo mais notório talvez tenha sido o da entrada da Sony no mercado de games com a marca PlayStation Sony. O volume de recursos alocados, a abrangência das mídias envolvidas e a frequência intermitente das inserções facilitaram o sucesso da marca japonesa nessa aventura calculada.

Obviamente, uma decisão de estender a marca para novos produtos ou categorias deve levar em conta também o poder de fogo do marketing em apoiar esta decisão. Parte-se do princípio de que os seus recursos já atendam produtos e marcas pré-definidos. Até que ponto o orçamento atual pode ser encorpado para que sustente devidamente um novo projeto de extensão? A Bic, prioritariamente conhecida por suas canetas de baixo custo, está igualmente nomeada em isqueiros, lâminas de barbear e, mais recentemente, pilhas e baterias. A Virgin está nos segmentos de transporte, lar e finanças. A am/pm é loja de conveniência e marca de panettone. Como todas essas categorias estão coerentemente entrelaçadas a partir de um conjunto de associações e diferenciações originais da marca? E como o marketing pode dar conta de tudo isso? São questões a serem bem estressadas.

Existem muitas vantagens e desvantagens na adoção do conceito de extensão de marca. Todas elas devem ser discutidas e ponderadas. No entanto, o norte deve sempre ser o posicionamento, o conjunto de missão, visão e princípios da marca, e a boa dose de certeza de que a transmissão de sua essência seja notada e corretamente interpretada pelos consumidores do novo produto ou categoria. Assim, certamente a extensão contribuirá para o enriquecimento no Brand Equity da marca. Caso contrário, é melhor lançar mão da velha máxima de Al Ries & Jack Trout: o menos é mais.

domingo, 16 de agosto de 2015

Empathy


Direto do blog do Mr.Seth Godin (o "pai" do Marketing de Permissão), três parágrafos curtinhos que definem bem um dos pilares mais relevantes do branding, do marketing, da inteligência de mercado, de vendas e (por quê não?) da vida...

sábado, 15 de agosto de 2015

Aplicativos IM

Duas dicas de aplicativos no âmbito da Inteligência de Mercado que podem ser úteis:

Lançado em 2014, o aplicativo da FIESP traz aos seus associados um rico cruzamento de dados demográficos e sócio-econômicos, propiciando informações valiosas como potencial de mercado, share valor e pólos de consumo para produtos, serviços e canais de distribuição. É possível ainda exportar os filtros escolhidos para uma tabela de excel permitindo, assim, a manipulação dos dados coletados. Abaixo um vídeo explicativo sobre o app:



E o link para download:
http://www.fiesp.com.br/servicos/aplicativo-inteligencia-de-mercado-para-a-industria

Outro também interessante em nome da sua funcionalidade e praticidade - embora ainda bem restrito - é o aplicativo da Tendências Consultoria Estratégica. Nele, é possível verificar rapidamente projeções de médio e longo prazos para alguns dos mais importantes índices econômicos-financeiros, tais como câmbio, IGP-M, IPC, variação do PIB e Selic.


Conta ainda com um sistema de alertas sobre movimentações de cenário, que nos faz ficar antenados prontamente sobre o que está rolando e sobre perspectivas para o ambiente econômico brasileiro. Na App Store.

Há vários outros, claro, mas estes dois podem representar um bom começo...

domingo, 9 de agosto de 2015

Fórum Clima 2015


Imperdível o lançamento da Carta Aberta ao Brasil sobre Mudança do Clima, organizado pelo Instituto Ethos e a ser realizado no próximo dia 13 de agosto, em São Paulo.

Com a promessa de presenças ilustres do empresariado e do governo (entre elas, a do ministro Joaquim Levy), o evento pretende deixar claro que o comprometimento das marcas com este tema é muito mais do que uma questão meramente ecológica mas, principalmente, econômica. Em outras palavras, além do uso mais racional e cuidadoso dos recursos naturais do planeta, a sociedade global - cada vez mais - privilegiará países, empresas e marcas que adotarem posturas firmes e atuantes nos âmbitos social e ambiental. Simples assim! Kotler e o seu Marketing 3.0 endossariam fácil este evento...

Desde 2009 a evolução da participação de empresas na referida carta beira os 50%, refletindo o ganho de importância do assunto no planejamento estratégico de suas marcas. Obviamente, empresários e executivos antenados de branding, marketing, inovação, inteligência de mercado e que tais...não deveriam desprezar este encontro, aproveitando-o para ficar mais ligado nesta tendência... 

Mais informações:

sábado, 8 de agosto de 2015

Latam


Em processos de fusões entre empresas, é natural que as marcas envolvidas queiram, de alguma maneira, preservar traços de seus elementos públicos de identificação. Seja no nome, no logo, nas cores ou nos símbolos das marcas, para citar os principais.

Assim, era previsível a iniciativa de criação de um novo nome a partir da fusão entre as companhias aéreas LAN (chilena) e TAM, à despeito de toda a carga de referências e associações que ambas as marcas construíram por décadas. Não é uma decisão fácil, tampouco livre de altos riscos e custos.

Ainda que as empresas tivessem tido o cuidado de abordar clientes e funcionários no processo de escolha do nome, a escolhida Latam esbarrou um pouco no genérico e até na chacota. Nas redes sociais, alguns engraçadinhos de plantão fizeram um trocadilho com "Latão". Por outro lado, o termo é simples, fácil de assimilar, descomplicado de lembrar, suscita uma abrangência mais cosmopolita e apresenta uma boa sonoridade. Agradar à todos é realmente difícil, mas saldo é positivo.

O fato é, no entanto, que toda nova marca requer volumes consideráveis de tempo e dinheiro, e de estratégias inteligentes e bem coordenadas. Serão aproximadamente três anos de adaptação,  mais de US$ 40 milhões e uma infinidade de ações de comunicação para emplacar o novo batismo. Em tempos de mídias extremamente pulverizadas e instantâneas, este processo de reconhecimento, lembrança e interpretações desejadas pode ser bastante encurtado, sem dúvidas, mas o inverso também é verdadeiro: estamos todos com as mentes congestionadas de dados, informações e ofertas. Nunca é tranquilo arrumar um cantinho na consciência das pessoas para embutir uma nova marca...

Embora ainda não se tenha revelado o conjunto da nova identidade visual, é certo que, no quesito cores, a Latam terá predominância no azul e no vermelho, tonalidades prevalentes em suas logomarcas originais. Nenhuma novidade, portanto. Ponto de preocupação fica para a impressão de que esta fusão talvez ainda não tenha sido suficientemente comunicada aos clientes e ao público em geral, tornando-se mais um foco de apreensão para uma eventual confusão de entendimento entre as pessoas.

No mais e, em linhas gerais, embora a estratégia de fusão possa trazer consigo inegáveis vantagens competitivas - tais como otimização de recursos, ganhos de mercado e compartilhamento de expertise - sacrificar marcas já bem estabelecidas é sempre um risco relevante de ser mal recebido pela comunidade e de ser bem aproveitado pelos concorrentes, por meio de oportunos programas de marketing. Todavia, diante do cenário e do imenso prazer na criação de uma marca, vale à pena a travessia. O tempo dirá. 

sábado, 1 de agosto de 2015

Naming


Nos primórdios das marcas, o chamado naming não era uma prioridade.

Seja pelo foco no desenvolvimento do produto ou serviço, pela baixa competitividade mercadológica, pela alta disponibilidade de termos, pelas mídias pouco desenvolvidas, pelo ainda desconhecimento dos conceitos de branding e de marketing (ou todas as alternativas anteriores), o fato é que os empresários e os executivos não perdiam muito tempo com este assunto. Era uma questão relativamente fácil e rápida de ser resolvida.

Assim, surgiram quase instantaneamente uma proliferação de nomes genéricos, referências aos seus fundadores ou mesmo sem significados. Exemplos: General Eletric, ACNielsen, Hewlett-Packard, J.P.Morgan, Kodak.

Tampouco outros elementos do naming como logotipo, slogan e símbolo receberam, de imediato, a atenção merecida. 

Mais de 1 século depois...

Atualmente e, especificamente sobre o nome de marcas, o cenário é bem mais complexo:

Alta competitividade, congestionamento para registros, compreensão mais apurada do branding e do marketing, e melhor entendimento sobre as percepções dos consumidores tornaram o jogo bem mais significativo e estratégico.

Neste ínterim, pré-requisitos e sub-categorias de apoio à criação de nomes para produtos e serviços foram desenvolvidas para facilitar a tarefa:
  • Transmissão da essência e dos benefícios da marca (Curves, Livraria Cultura, Revista Superinteressante, Fedex);
  • Termo curto e de fácil assimilação (Bic, Gap, Dove);
  • Sonoridade (Globo, Bosch, Halls);
  • Zelo com potenciais conotações negativas em outras línguas e culturas (Nokia Lumia - prostituta em espanhol, Fiat Uno - imbecil em japonês, Tênis Zyklon - gás letal nazista)
  • Evitar confusões com outras categorias (Ford - automóveis e agência de modelos, Fox - canal de esportes e marca de automóvel, Norton - abrasivos, antivírus, agência de publicidade e vinho)
  • Descritivo (British Airways, History Channel, Durex)
  • Nomes sem significados para, entre outras coisas, facilitar o registro (Nexxter, Etsy, Zappos)  
  • Junção de termos: Telhanorte, Tic-Tac, Biomind
  • Compostos: General Motors, Saint-Gobain, Leroy Merlin
  • Siglas: ESPN, 3M, FBI
  • Exóticos: Africa, Galo, Maria Bonita
  • Abreviações: Band, Coke, Volks
  • E por aí vai...
Qualquer que seja o caminho escolhido (e, obviamente, deve haver a tentativa de combinações entre as classificações acima...), o importante mesmo é o nome ter o potencial de gerar fácil assimilação e lembrança, coerência com a essência da marca, boa sonoridade, originalidade, possibilidade de extensão de linha e, fundamental: proteção legal. Em casos mais delicados, inclusive, pesquisas qualitativas podem minimizar os riscos da escolha do nome. Como se vê, fácil definitivamente não é.

Naming e, em particular o nome, são sim importantes no processo de construção de uma marca. À despeito de suas óbvias limitações na contribuição para o sucesso de um produto ou serviço, não deve ser jamais menosprezado. 

Tanto é verdade que existem até consultorias especializadas em criação de nomes de marcas. Exemplo é a tradicionalíssima NameLab. Abaixo o link para conferir um pouco do seu universo:



terça-feira, 28 de julho de 2015

CBN

Enquanto não sai do forno a edição de 2015 sobre a confiança e o prestígio das marcas brasileiras da ABA/TopBrands, vamos com uma das tabelas de 2014. E por que especificamente esta? Porque, além da marca se tornando verbo, talvez o maior desejo dos profissionais de branding, marketing e comunicação seja mesmo o de ter o maior número possível de "defensores" da marca.

Valendo-se de uma metodologia qualitativa, o estudo basicamente combinou duas variáveis (grau de satisfação e intenção de recompra) para, posteriormente, chegar ao nível de adesão da marca por categoria de produto. Na faixa mais elevada de pontuação, o consumidor é considerado um defensor da marca. Abaixo os resultados:


Destaque para o alto índice da CBN em seu segmento (Google é all concur) e para os baixos patamares da Claro Fixo e, principalmente, da Vivo, refletindo a forte rejeição em suas categorias. 

No breve relatório, há outros dados e análises interessantes:
http://topbrands.com.br/Release-Pesq-ABA-TopBrands-2014

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Trends


Uma descoberta bem agradável foi este artigo no site Creative Bloq, assinado pela Connie Birdsall, estrategista da Lippincott (www.lippincott.com). Curtinho, leve, bem estruturado e com exemplos inspiradores (notadamente Ikea, Virgin America e British Gas), Birdsall levanta alguns pontos que não podem ser mais neglicenciados no processo de construção, reposicionamento e/ou gerenciamento de uma marca. Dentre eles (sem a preocupação de ordená-los):

Humanização das marcas, conexão, engajamento, singularidade, empatia, confiança, autonomia, expressão, aculturamento, personalidade, humildade e transparência. Além disso, ressalta também a relevância das pequenas atitudes que podem fazer a diferença, a distinção entre adquirir e aderir, e a indispensabilidade de construir uma marca sobre alicerces sólidos em essência e propósitos.

Link para o texto na íntegra:

sábado, 18 de julho de 2015

Deloitte

Aliado à publicidade tradicional, conteúdo patrocinado pode ser uma boa estratégia de comunicação. Desde que a marca o materialize por meio de uma mídia relevante para o seu público-alvo e forneça o que promete: conteúdo (não publicidade nua e crua). Pode parecer óbvio, mas nem todas seguem este lema...

Também serve para extensão de conteúdo de suas próprias mídias, notadamente as sociais (digitais).

Neste sentido, exemplo positivo é a Deloitte e a sua parceria com o Estadão:

Integrante do "Estadão Projetos Especiais", a marca de consultoria e auditoria provê artigos sobre governança corporativa. Obviamente, os leitores sabem quem assina o texto, mas não se sentem ludibriados porque, antes de mais nada, estão recebendo o que foi prometido: conteúdo.

No link, a matéria é sobre Due diligence ou "a minimização de riscos na relação com terceiros":

resso todos os dias
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Leia Mais:http://patrocinado.estadao.com.br/deloitte/artigos/due-diligence-minimizacao-de-riscos-na-relacao-com-terceiros,1720775
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quinta-feira, 16 de julho de 2015

What is Branding?

Detectado no site da Horizon Consulting (http://www.horizonconsulting.com.br/), este vídeo, dentre tantos outros que tem por aí sobre o tema, é especial porque consegue condensar em três minutinhos a verdadeira essência do Branding. 

Destaques para as passagens sobre o que NÃO é Branding, a lúdica explicação sobre os primórdios das marcas, a abrangência na aplicação do conceito e as novas formas de interação (impulsionadas, notadamente, pelas mídias sociais).

Também oportuna a lembrança da velha máxima (e o sonho de dez entre dez que trabalham com Branding e Marketing) da marca se tornando verbo...

Vale a pena conferir:

domingo, 12 de julho de 2015

Leica

Vencedora do Grand Prix de Filme no último festival Cannes, a produção é uma belíssima homenagem à fotografia.

Batizada de "100", em função do centenário da marca, assina o filme a agência brasileira F/Nazca Saatchi & Saatchi e, de quebra, informa o lançamento de uma galeria da Leica em São Paulo.

Bombando nas redes sociais, é mais uma iniciativa para reforçar a essência da marca. Portanto, nunca é demais...

O filme:



sábado, 11 de julho de 2015

Children


Apenas mais uma confirmação do que os nossos olhos veem todos os dias:

As crianças estão preferindo cada vez mais os gadgets eletrônicos mobile às velhas telas de televisão.

E não só as crianças, ressalta-se...

Desta vez, a constatação veio por meio de um estudo da Miner & Co. Studio, divulgado no twitter do Blue Bus (http://www.bluebus.com.br/televisao-nao-e-mais-a-tela-favorita-das-criancas)

Os pais mais espertos, inclusive, já estão incorporando a retirada sumária dos tais dispositivos móveis no cardápio de advertências.

Obviamente, a maior parte dos canais infantis à cabo estão sentindo o resultado disto nos níveis de audiência. 

Afora os eventuais efeitos danosos "neurais-psico-comportamentais-etc." e...sem juízo de valor, fato é que os pequenos nasceram em um ambiente midiático aonde conceitos como grade e horários fixos de programas, reunião regular familiar para consumo de conteúdo e o famigerado "comercial" interrompendo as suas atrações prediletas são mal compreendidos e recebidos com pouca vontade pela criançada.

Uma mãe resumiria melhor este fenômeno: 
  • O que eles querem
  • Na hora em que eles querem
  • E sem publicidade (os velhos "reclames"...)
Evidentemente, tudo com a devida supervisão dos adultos (há limite para tudo...).

E o que está ruim sempre pode piorar:

A criança de hoje é o influenciador e/ou decisor da compra de amanhã. Em outras palavras, querer manter o modus operandi da geração de seus pais ou avós é sinônimo de suicídio mercadológico.

Preservar ou mesmo estimular elementos da essência humana é sempre louvável, mas tentar nadar contra a maré tecnológica também não é prudente. Como em tudo na vida, bom senso é o target.

Problema para as marcas tradicionais de mídia e para os gestores de branding e marketing dos respectivos anunciantes...

Conceitos e ferramentas existem para enfrentar tal cenário. É preciso consciência e disposição,

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Apple

Restam um pouco menos de seis meses para 2016 e, como premiações que se prezem levam em conta anos fechados, o que temos para o momento é, portanto, 2014.

Ganhador de um Emmy de melhor spot publicitário do ano, a peça arroja ao tentar mostrar o lado positivo entre tecnologia e tradição, e surpreende no final. O conceito, o roteiro e a produção estão, sem dúvidas, à altura da essência da marca. 

Em suma, ela consegue ser agradável e divertida, mesmo se vista mais de uma vez (algo raro).

Sem contar o impacto viral: só no youtube, já são mais de 1 milhão de visualizações.



domingo, 28 de junho de 2015

Pesquisa de Mercado

Reflexão já proposta por aqui - e como nunca é demais meditar sobre o tema - segue mais um artigo pertinente sobre pesquisa de mercado:


Cristina toca em pontos sensíveis como a relativização dos modismos, o repensar na formulação, o abrigo em metodologias comprovadas e a comunicação eficaz das pesquisas de mercado.

Ressalta também a importância do infográfico na transmissão da mensagem de forma mais digerível e agradável, assim como a necessidade da objetividade e do caráter estratégico (o da contribuição relevante).

O conhecimento psico, sócio, antropológico, etc. das pessoas e das sociedades evoluem, o cenário competitivo é cada vez mais inóspito, e os métodos e a comunicação dos achados devem ter o mesmo cuidado.

Em prol da valorização do segmento.

No final, há ainda um conjunto de dicas interessantes.

Vale a leitura:

sábado, 27 de junho de 2015

Colors


Muito, mas muito bacana mesmo o infográfico sobre o uso eficaz das cores publicado no Viver de Blog (http://viverdeblog.com/), um espaço super profissional desenvolvido pelo blogueiro Henrique Carvalho.

Elemento importante para realçar a proposta de branding de uma marca, a harmonia de cores estimula áreas do cérebro e influencia no processo de escolha. Mesmo que, por vezes, de forma inconsciente.

O referido infográfico é rico em dados, significados, análises e exemplos.

Não passa despercebida também a "roda de cores", uma oportuna ferramenta para auxílio no desenvolvimento da identidade visual de uma marca.

Moral da história: no processo de construção / revitalização de uma marca ou produto, o capítulo sobre o uso das cores não deve ser esquecido.

Lembrando que este tópico já foi abordado também no excelente Brandsense, de Martin Lindstrom (sua resenha, aliás, foi publicada neste blog). 

Voltando...link para acesso direto ao post / infográfico:

domingo, 21 de junho de 2015

Alitalia

Muita gente reclamou da timidez na nova roupagem do logo.

Mas há certas marcas nas quais mudar demais pode representar, na verdade, um retrocesso.

Parece ser o caso da Alitalia.

Não dá para alterar muito o seu tradicional domínio e tom de verde, com uma pitada de vermelho. E matar o itálico seria uma provocação mais do que arriscada.

O que fez a marca italiana então?

Apenas tentou tirar o logo da penumbra ao criar um degradê, aumentar um tantinho a dose do "vermelho-quase-vinho" e destacar mais a presença do "A-cauda". Não é pouca coisa.

Desta forma, essas estratégias podem sim criar associações mais duradouras da marca na mente das pessoas.

Abaixo o antes e o depois, e um vídeo curtinho com outras representações da sua nova identidade visual:  







Porém, o mais importante é o vídeo abaixo, no qual a Alitalia tentar unir toda a sua equipe em torno da sua missão, visão e princípios (ou da essência da marca).

Resta saber se ela irá cumprir as suas promessas ou se será apenas mais um caso de palavras impactantes e baixa efetividade.

Os seus clientes e analistas estão de olho e, sem dúvidas, é a parte mais difícil...



domingo, 14 de junho de 2015

Maersk


Mais uma pérola extraída do excelente livro Epic Content Marketing, de Joe Pulizzi:

Trata-se da utilização do facebook por uma empresa dinamarquesa de transporte e energia global, chamada Maersk.

Encarando-o como um meio - e não como um fim -, basicamente a organização utiliza a ferramenta para expressar e divulgar ações em linha com a sua essência de marca.

Por meio de uma base consistente de post e sem medo da transparência (sim, há críticas entre os comentários, cuidadosamente respondidas pela marca), a Maersk publica uma série de imagens, artigos e perguntas instigantes.

Como consequência, espera um número crescente de seguidores e, principalmente, engajamento.

Resultado: mais de 2 milhões de seguidores. Nada mal para uma marca B2B...

https://www.facebook.com/MaerskGroup

Claro, há uma dose de publicidade tradicional também, mas bem dosado com conteúdo, é plenamente aceitável.

E ainda, de quebra, vasculhando a página, uma descoberta pra lá de interessante:

Um game online para quem quiser brincar de explorar riquezas energéticas nas profundezas da Terra:

quinta-feira, 11 de junho de 2015

GfK


Surpresa recente e agradável para este blogueiro, o blog da GfK - tradicional marca alemã de pesquisas e estudos de mercado - é uma fonte farta para estudiosos de temas como pesquisa (claro), inovação, marketing e branding.

Frequência de post na medida, textos curtos, design elegante e bem ilustrado, é um daqueles blogs que colocamos entre os favoritos. Anyway, após algumas horas bem investidas no seu conteúdo, um artigo chamou mais a atenção:

O intitulado "BEING GREEN WINS YOUR CUSTOMERS" (em maiúsculas mesmo...)

Trata-se de (mais) uma prova dos nove para aqueles que acham que questões como responsabilidade ambiental é coisa para romântico, sonhador e desocupado. É business na veia e batendo forte na porta dos mais descrentes...

Bom..., em linhas gerais, a GfK desenvolveu um estudo quantitativo - por meio de três declarações e pedindo níveis de concordância / discordância - em 23 países de vários continentes, visando aferir a quantas anda a sensibilidade do consumidores em relação à matéria.

Na primeira declaração feita nas abordagens, uma média estrondosa de 76% concorda que as marcas devem ter responsabilidade com o meio-ambiente. 

Para encurtar a história, afunilando para o Brasil:
  • Declaração 1: 81% (acima da média) - Top 5
  • Declaração 2 (Eu me sinto culpado quando faço algo que não é amigável ao meio-ambiente): 75% (acima da média) - Top 3
  • Declaração 3 (Eu compro somente produtos e serviços que estejam em linha com as minhas crenças, valores e ideais): 71% (acima da média) - Top 5
Moral da história: o mundo e, notadamente o Brasil, estão cada vez mais antenados com as marcas-cidadãs. Quem despreza este cenário, nada contra a maré.

Obviamente, os ritmos entre opinião, disposição e ação efetiva são, em muitos casos, bem diferentes entre si, mas o estudo não deixa de mostrar uma fotografia que deve ganhar contornos ainda mais relevantes no médio e longo prazos.

Abaixo o link para o post no modo full:

 Ah...é possível fazer o download completo do material diretamente do blog.