domingo, 15 de junho de 2014

Skol

Não tem jeito. Até pelo menos o dia 13 de julho vai ser assim. O assunto é Copa do Mundo! Mesmo que você não queira, ela vai te pegar. Já que estamos na chuva...uma pequena reflexão sobre patrocínios oficiais em eventos de grande porte como o mundial de futebol: até que ponto vale a pena investir um caminhão de dinheiro para ganhar a chancela oficial da FIFA e poder usufruir de espaços exclusivos nos estádios, nas festas promovidas pela federação internacional, placas atrás dos jogadores durante as entrevistas, da autorização para utilizar o termo "Copa do Mundo 2014" em suas ações publicitárias e de relacionamento, e blá-blá-blá...quando você pode ignorar tudo isso e economizar uma boa grana, lançando mão da ousadia e da criatividade - turbinada pelas redes sociais - e virar o jogo? OK, os benefícios de ser patrocinadora oficial de um evento como a Copa do Mundo não é pouca coisa e, desde que bem explorado e ativado, a tendência é levar boa vantagem sobre a concorrência durante o evento e por um bom tempo depois dele.

Mas parece que não é isso o que vem ocorrendo neste mundial de futebol no Brasil. O Mundo do Marketing (www.mundodomarketing.com.br) vem destacando essa "zebra" no mundo das marcas. O fato é que, em linhas gerais (sim, há exceções, caso da Liberty Seguros), as ditas não-patrocinadoras do evento vem ganhando essa disputa com as grandonas interplanetárias. Senão vejamos, além do básico em gestão de patrocínios, o que a Budweiser vem fazendo de diferente, com a temática Copa do Mundo, e que esteja verdadeiramente cativando os fanáticos torcedores e os turistas que estão prestigiando o torneio? Não tenho conhecimento, mas tenho a impressão que nada. Ou muito pouco, ou insuficiente. Por outro lado, a Skol, um não-patrocinador, marcou um golaço.



A campanha "BEM-VINDO À NOSSA REDONDEZA" estimula as boas-vindas aos turistas estrangeiros e, de quebra, incentiva a integração (e a paquera) entre brasileiros e gringos. Tudo regado, claro, com o consumo da cerveja que desce redondo. A marca montou locais para promover esses encontros nas cidades-sede (os chamados "albergues-consulados") e a ação é bem suportada por hotsite, twitter (#xavecoskol), facebook, youtube com vídeos personalizados para alguns países visitantes e até os "Tradutores Skol" para ajudar na comunicação entre as pessoas. Tem ainda descontos em corridas de taxi, cerveja em dobro, camisetas, entre outros agrados. Pois é, como disse uma vez o Garrincha (diz a lenda), para ganhar o jogo na véspera é preciso combinar com o adversário. Neste caso, mal comparando, o adversário é o consumidor que, pouco sensível à mesmice de sempre, foi para o lado da marca mais ousada e criativa. Ponto para a Skol! No mais, um videozinho da marca recebendo bem os ingleses mas, ao mesmo tempo, tirando um sarrinho...de leve.