sábado, 8 de julho de 2017

Carolina Rogoll

Só para sair um pouco do mainstream (Kotler, Ries, Keller, Aaker, Lindstrometc.), uma palestra sobre branding com Carolina Rogoll, uma profissional ascendente no tema. Por hora, as suas principais qualidades são, além da "escola" P&G, a objetividade e o pragmatismo, fundamentadas em um bom arcabouço teórico. Maior densidade, todavia - e já comprovada em alguns dos seus colegas mais experientes -, só vem mesmo com o tempo e na mesma estrada. Mas vale à pena conferir:



Também prudente seria dar uma passadinha no site do seu livro "Star Brands", um guia que, traduzido, poderia ter uma boa acolhida em um mercado brazuca ainda engatinhando no assunto (especialmente entre as pequenas e médias empresas). Para quem se vira bem no inglês, no entanto, não tem porque esperar.

http://www.buildstarbrands.com/

sábado, 1 de julho de 2017

Locomotiva


Embora o tema seja, sem dúvidas, pertinente - a crise de representação do espectro social brasileiro nas comunicações de marca na TV -, o ponto que requereria uma reflexão anterior seria o da relevância de se continuar a bater em uma tecla com tendência de forte queda nos próximos anos. Os comerciais de TV, com a velha mania de interromper entretenimento alheio, é a antítese do marketing moderno.

E por que?

Porque as pessoas estão cada vez mais intolerantes com a interrupção dos seus passatempos, e estão cansadas de serem abordadas por produtos e serviços de nenhuma (ou pouca) importância para o seu dia a dia. Sem contar que as marcas chegam, em geral, com peças publicitárias bobas, banais e com aqueles discursos de auto-elogio pra lá de sebosos. 

As novas opções de mídia, conteúdo e dispositivos tecnológicos surgiram para nos libertar dessas amarras, e agora, mais poderosos, não hesitamos em dar um empurrão em mensagens inconvenientes. Aliás, no fundo, adoramos isso.

OK, mas então, como devemos comunicar uma marca?

Os americanos (sempre eles) nos socorreram com duas estratégias que, se não novas na prática, são novas na disseminação e na roupagem: o marketing de conteúdo e o inbound marketing. Grosso modo, com base em temas significativos para o nicho pretendido - previamente desenhado e identificadas as suas mídias de preferência -, na oferta de conteúdo relevante (prestando serviços mesmo) e na proposta de soluções personalizadas, a interatividade, o burburinho, a lembrança e a simpatia pela marca, as vendas e os lucros vem de carona. É o inverso do que estamos acostumados: vender conquistando e não invadindo. Por isso, ambas tendem a tomar cada vez mais fatia da publicidade tradicional no bolo de comunicação. O Tas (sim, ele, Marcelo Tas) pareceu estar mais antenado com isso, pelo menos intuitivamente. Storytelling, marketing de experiência (quem mesmo estruturou esses conceitos? Sim, sempre "eles"...), design e endomarketing - talvez o mais importante de todos - também devem estar no radar do marketing moderno.

Por fim, duas pequenas observações:

Confundir propaganda com publicidade é um erro primário. A primeira tem um cunho político, religioso e ideológico. A segunda tem um caráter comercial, tornando ofertas de produtos e serviços "públicas".

A segunda observação é mais relevante e complexa: O instituto se diz "especialistas em entender de gente". Ual! Pareceu-me cliché e pretensioso demais, considerando o arsenal de conhecimento humano que é preciso entender e praticar minimamente - leia-se filosofia, sociologia, psicologia, antropologia, biologia comportamental, entre outros -, para arriscar-se a uma afirmação dessa natureza. Mas parece que, atualmente, o entendimento de pessoas encontra-se em uma prateleira de supermercado, com muitas marcas disponíveis...  

Link para a matéria completa:

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Selfridges

Então é o seguinte:

TODOS OS PROFISSIONAIS E DEMAIS ESTUDIOSOS DE BRANDING E DE MARKETING DEVERIAM ASSISTIR A ESTE DOCUMENTÁRIO. PONTO!

"SECRETS OF SELFRIDGES"


Bom, acho que as caixas altas já bastariam para gritar no radar e levantar as orelhas.

Mas...

A despeito do toque natural de dramatização do material, um sujeito que, no início do século XX, concebeu em um negócio uma série de competências simultâneas - e que hoje as consideramos de vanguarda -, mereceria entrar no seleto grupo dos mais relevantes empresários da história. Hoje é quase esquecido. Seu nome: Harry Gordon Selfridge, fundador da Selfridges, tradicional loja de departamentos de Londres, fundada em 1909. 

As principais competências da série:
  • Visão estratégica
  • Senso de oportunidade
  • Entendimento do conceito de propósito de marca
  • Mix de produtos e serviços que segue o propósito
  • Publicidade maciça como alavanca do projeto (ideia) 
  • Marketing social como estratégia de imagem e de vendas lucrativas
  • Storytelling
  • Marketing de experiência
  • Capacidade de execução 
  • Gestão de risco
  • Trade Marketing (arquitetura, merchandising, brandsense e campanhas de impacto)
  • Atendimento a clientes (foi inovador no conceito de self-service em Londres)
  • Endomarketing (engajamento da equipe)

Tudo isso, antes do primeiro tri do século XX.

Permeando o relato, deliciosas pitadas históricas e macroeconômicas, e um molhinho especial sobre a vida de Harry, no qual não deixa de impactar, de certa forma, a trajetória da marca.  O final é surpreendente.

Uma amostrinha do pensamento de Selfridge:

"A SHOP SHOULD BE LIKE A SONG OF WHICH YOU NEVER TIRE"

Desde 2003, a marca está sob o comando de uma bilionária família canadense do ramo varejista.

O documentário está no Netflix.

sábado, 3 de junho de 2017

Leroy Merlin

Mais um exemplo inspirador de conteúdo de relevância entre as marcas que atuam no Brasil:

Blog da Leroy Merlin!


Com dicas sobre diversos temas envolvendo o universo do lar.

Por mais que a publicidade tradicional deva permanecer no cenário, não há dúvidas de que o marketing de conteúdo veio (ou retornou) com força, para ficar. Que bom! E, logo, para ganhar cada vez mais importância na divisão do bolo de investimentos em comunicação.

E por que?

Porque, no fundo, as pessoas estão fartas de discursos egocêntricos e/ou de interrupções às suas programações de cultura, lazer, esportes, etc. Programações nas quais, aliás, atualmente, são quase totalmente "self-service".

Em última instância, elas querem nos dizer, quase desesperadamente, o seguinte: "Please, só me venha com alguma coisa que preste, que me ajude, que me divirta ou que me gere curiosidade, que me traga estórias que emocione (de verdade, sem peças banais ou tolas), que me alerte, que me faça pensar, etc. Em suma, que me agregue. De resto, não me amole. Não me atrapalhe. Please."

A propósito, um breve desabafo: maldito seja o inventor do tal do Remarketing...

Bom, voltando ao conteúdo e o seu retorno sobre o esforço empregado:

Fique tranquilo! Quando o freguês precisar do assunto em questão e resolver partir para a ação, certamente ele vai lembrar do help que você lhe deu. 

E por um motivo muito simples: é do ser humano, é de sua história evolutiva, sensibilizar-se com a ajuda que recebeu. A consequência, portanto, é previsível: Retribuição. Simples, não?

Evidentemente, o processo não pára por aí. É preciso de todo um fluxo de funil de vendas amarrando o projeto, para otimizar os esforços de conteúdo. Mas isto é uma outra história...

Agora, um detalhezinho que passa quase despercebido:

Dando um lookezinho no logo da marca, percebi que o seu slogan conversa, de certa forma, com a proposta do blog. 


Ou, traduzindo: não importa - se no meio fisico ou se no virtual - a marca funciona com uma espécie de mídia, de provedor da temática-alvo, de ponto de encontro, de referência sobre o meio em que atua. Isto é, reflexo, de algum modo, da democratização dos meios de comunicação. E o slogan capta bem isso.

Por isso que toda e qualquer estratégia de comunicação deve seguir (ser submisso mesmo) o seu projeto de branding, ou seja, a sua concepção de marca. 

Link para o blog:

domingo, 28 de maio de 2017

Branding Summit



Conferi ontem, "in loco", uma iniciativa que tem tudo para se tornar referência em seminários na área: O Branding Summit.

Curado e ministrado por autoridades no assunto - em especial Márcia Auriani e Martha Gabriel - o evento contou ainda com breves (porém consistentes) painéis de discussão e com três palestras deliciosas: Alessandro Saade mostrando novos (e incríveis) modelos de negócios, Pedro Camargo (http://biocc.com.br) falando sobre o papel (mais do que relevante) da biologia no entendimento das causas por trás dos comportamentos das pessoas, e o desbravador Lincoln Seragini, citando saborosas pitadinhas históricas, pontos-de-vista originais e apresentando cases de marcas prá lá de inspiradores.


Em suma, é preciso, além da academia, da prática e de bons livros, vez por outra, participar de encontros como esse, com gente que agrega.


De certa forma, o branding ainda está engatinhando no Brasil e o Branding Summit chega para contribuir no processo de catequese dos "gentios". Que são muitos.  

Branding Summit:

sábado, 20 de maio de 2017

Artigo - Extensões de Marca


Passando aqui para registrar e agradecer o pessoal do InfoBranding - o maior (e ótimo!) portal de Branding do Brasil - pela publicação do meu artigo sobre extensões de marca, um tema sempre muito sensível para as empresas. No final das contas, trata-se de uma humilde contribuição que tem, como principal objetivo, refletir sobre o uso adequado e responsável do maior ativo das organizações, a marca.

Abaixo o artigo na íntegra:
http://www.infobranding.com.br/extensoes-de-marca/

sábado, 29 de abril de 2017

Patagonia

Entrevista prá lá de inspiradora concedida por Rose Marcario, CEO da marca norte-americana Patagonia, especializada em artigos esportivos.

Ela destrincha a filosofia da empresa na qual, em linhas gerais, busca o lucro por meio de bons produtos, incentivo ao consumo responsável, respeito ao meio-ambiente e moralidade. Tudo bem amarrado entre os stakeholders da empresa. A excelência no atendimento é o tempero da estratégia.

O que está por trás disso, em última instância, é a expectativa cada vez maior das diversas sociedades - por todo o planeta -, no sentido de contar com empresas cidadãs como players importantes para ajudar a melhorar o mundo. Enfim, preocupadas também com as questões que afligem a todos nós.   

O raciocínio: consumidores mais conscientes e exigentes, preferem marcas mais responsáveis e éticas. Estas, portanto, tendem a se destacar, vindo de carona as suas respectivas (e crescentes) lucratividades. Como afirmou Marcario, a Patagonia tem usufruído bastante desta lógica.

Evidentemente, a sensibilidade das pessoas varia de acordo com o segmento, natureza do negócio e o produto em si. Certamente, um fabricante de borrachinhas para portas automotivas gera uma percepção menor de cidadania do que uma marca de roupas esportivas, em função dos graus distintos de visibilidade no mercado. Entretanto, isto não é motivo para não trilhar o caminho de empresa-cidadã. Mais cedo ou mais tarde, dependendo dos esforços de comunicação publicitária e ações concretas da organização, e da própria evolução da consciência das pessoas, todas as empresas também serão julgadas por este prisma.

E tem ainda um outro efeito positivo: tal postura ajuda a atrair os mais talentosos para essas instituições.

Em suma, é branding na veia, ao seguir aquilo a que se propõe fazer. 

Não é poesia. Não é quadrinho na parede. É uma questão de business.

sábado, 15 de abril de 2017

Anthropology For Business

Sim, absolutamente tudo a ver.

Estudar os potenciais consumidores no seu habitat natural, de acordo com os seus pontos de vista, por meio de técnicas de etnografia, e descobrir, afinal, o que eles querem, mesmo que eles não tenham tido condições de verbalizar isso. Este é o desafio.


E é justamente o contraponto ao conhecidíssimo - e ainda largamente utilizado - processo de criação de produtos e/ou serviços: desenvolve o dito cujo somente com as nossas mentes brilhantes, joga no mercado e vê se dá liga.

A velha e boa Antropologia está aí mitigar esses riscos... 

Uma pergunta e uma afirmação sobre um determinado segmento de mercado - presentes nesta entrevista de Bill Beeman (um dos mestres no assunto) à revista Minnesota Business -, resumem bem a essência da matéria em questão:

"What do you know about the women that wear the jeans?" 
"The mindset of the consumer was completely different than what they had conceived."

O link para a entrevista do Mr. Beeman na íntegra:
http://www.minnesotabusiness.com/anthropology-business

domingo, 2 de abril de 2017

Big Data (2)

Como diz Olavo de Carvalho, existem certos livros que nos dão a vontade de comer cada frase, cada palavra.

Guardadas as devidas proporções (e as diferenças de gênero literário), este é o caso de Big Data, de Viktor Mayer e Kenneth Cukier, dois super especialistas no assunto.


Não, não é um livro tecnicista, cheio de números, programações e acrônimos.

É um livro de conceitos e tendências, não restringindo-se ao universo de negócios. Transita bem também em outros meios, como saúde, educação e segurança. Tudo numa linguagem leve e objetiva, sem firulas. Da mesma forma, sua inserção no contexto atual é feita com sucesso.

Amostragem ou censo? Causa ou correlação? Exatidão ou um certo afrouxamento? Visão macro ou enfoque mais detalhista? Big Data é sempre um oceano de dados? O bom ou o ótimo? O poder dos algoritmos, velocidade de processamento, ferramentas de análise, mudanças culturais, custo-benefício, questões éticas, dados primários versus dados secundários, o "algoritmista", o papel da intuição e da criatividade na era do Big Data, etc. Enfim, questionamentos e teses pra lá de interessantes...

Deveria ser bibliografia obrigatória em todas as faculdades de administração e afins.

Nas melhores casas do ramo.

domingo, 19 de março de 2017

Overview

No atual cenário de conceitos e ferramentas que envolvem a área de Marketing - no qual, temos, muitas vezes, a percepção de estarmos sendo sugados por uma avalanche de inovações -, torna-se importante, periodicamente, refletir e tentar organizar o pensamento, no sentido de montar uma espécie de quebra-cabeças que nos oriente na gestão adequada do tema.

O objetivo é simplificar e proporcionar um certo conforto ao nos mostrar, por meio deste exercício, o norte a ser buscado. 

Que tal começar por uma tentativa de colocar, em um espaço exíguo, os principais pontos que devem abranger o tópico em questão?

Eis a tentativa:


No centro da galáxia temos o projeto de concepção da marca (deve-se estressar muito este ponto, pois é o alicerce para o progresso adequado dos demais...) e, tateando-o, quatro grandes campos de atuação, os quais, a priori, devem seguir no sentido horário, em ciclos constantes:

O velho e bom "4Ps de Marketing" (sim, ele continua sendo o melhor resumo para a coordenação das atividades compreendendo o desenvolvimento de produtos e serviços). Esqueça os modismos derivados deste.

Gestão da comunicação da marca, atuando como unidade independente mas, funcionalmente, integrada às demais esferas. Destaca-se aqui as suas principais ramificações: publicidade tradicional - ainda pertinente, embora com menor peso no composto de comunicação -, inbound marketing - metodologia fundamental para aquisição de leads qualificados por meio de conteúdos relevantes -, e marketing de experiência, conceito que, grosso modo, visa oferecer situações de vivência dentro do espírito (ou universo) da marca. Estes dois últimos tendem a ganhar maior relevância no conjunto de diálogo da marca com o mercado. Por fim, a ainda válida assessoria de imprensa. Ah, o marketing digital? Ele é um meio e um não fim em si mesmo. Parece óbvio, mas muita gente não entende ou não quer entender isso.

As campanhas de incentivo e promocionais entram no desenho como estratégias para problemas específicos. Devem atuar como remédios, os quais, em doses excessivas, podem inviabilizar os efeitos desejados. Portanto, todo cuidado é pouco.

Design Thinking vem se provando o caminho mais apropriado para a busca de inovações relevantes. É um mundo a parte e fascinante, principalmente por envolver técnicas antropológicas para lograr a identificação das reais necessidades e desejos das pessoas. E, partindo daí, a caçada por soluções compatíveis.

Mesmo não sendo, de forma definitiva, uma área do reino do marketing, a Inteligência de Mercado deve municiar todas as peças do quebra-cabeças com informações e análises relevantes para as tomadas de decisões da marca. É um campo imenso e o profissional de marketing deve tê-lo no seu radar, procurando manter-se sempre antenado com as suas principais novidades e tendências.

Com este breve painel de controle, temos o que precisamos para nortear o andamento satisfatório dos trabalhos. 

Mas, voltando para a tal avalanche de inovações...

Será que tudo o quê nos chega é realmente inovação?

Se pensarmos bem, veremos que todos esses pontos, de uma forma ou de outra, vem sendo trabalhados há muitas décadas. Sim, há muitas décadas!

A Procter&Gamble já entendia bem questões de posicionamento e segmentação nos anos 1950. A Apple começou a sua jornada com todos os elementos de branding bem encaminhados nos anos 1970. A John Deere já gerava conteúdo no final do século XIX ao lançar a sua revista The Furrow em 1895. Test drive e incentivos às pessoas existem desde sempre. A 3M é mestre, de longa data, em técnicas de antropologia aplicadas no desenvolvimento de produtos e serviços (exemplo clássico: post it).

Os conceitos, em geral, são antigos, não obstante ainda super válidos. Inovações mesmo estão nas tecnologias de informação, na racionalização e nas novas roupagens que envolvem tais conceitos.

Importante esta reflexão também para dimensionar corretamente o que anda acontecendo na nossa área. Não deixa de ser um alívio.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Big Data

Como o consultor disse, estamos ainda no "Jardim de Infância" neste assunto e, portanto, certamente perdendo valiosas oportunidades competitivas.



Vale a pena, assim, investir uns minutos neste breve video (embora antigo, do final de 2014...), apenas para, se for o caso, despertar a nossa consciência para um assunto mega importante (e com tendência irreversível de crescimento), assim como para dar início à quebra de alguns tabus.

Ah, o livro do consultor (Cezar Taurion) chama-se Big Data e foi editado pela Brasport. É fácil achar nas grandes livrarias.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Blog de Inteligência de Mercado



Excelente Notícia:

Uma das autoridades do assunto no Brasil (Ibramerc), lançou no último mês de janeiro o seu Blog de Inteligência de Mercado. 

Claro, já conferi e, apesar de novinho, logo percebi que os posts são super pertinentes e bem "recheados". Destaque para o artigo sobre as principais tendências da área para 2017.  

Numa terra onde Marketing tem uma tonelada de títulos à disposição, nada mal para um tema tão importante quanto - e de tão escassa bibliografia no Brasil - ser brindado por um blog de respeito.

O link:

sábado, 28 de janeiro de 2017

As Tendências das Mídias Sociais para 2017

Material fresquinho (e imperdível) da Kantar IBOPE Media:

As Tendências das Mídias Sociais para 2017.

O video abaixo é só uma breve introdução:



O importante mesmo é preparar um café e ler com calma o material completo, por meio do link abaixo:

https://www.kantaribopemedia.com/as-tendencias-das-midias-sociais-para-2017

Como tem coisas bacanas (e free) na Internet! É só ter a paciência e a disposição para buscá-las.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Proibida


Veja bem...

O velho Al Ries aprovaria o conceito: quanto mais estreitarmos a oferta da marca, melhor. 

Porém o tema é bem mais complexo do que parece.

A Cerveja Proibida tomou a iniciativa de lançar uma cerveja só para Mulheres.

Por quê não? Carros, varejos de moda, varejos esportivos e academias são algumas das categorias que já direcionaram negócios (ou produtos) só para as mulheres. E deu certo! 

Mas no caso da Proibida, temos alguns problemas e algumas diferenças importantes:

Primeiro, essa nova proposta de posicionamento não veio acompanhada por um nome dedicado. Preferiram a velha extensão de marca, com o nome batidíssimo e kilométrico de "Proibida Puro Malte Rosa Vermelha Mulher". Mas este é o menor dos problemas...

O "X" da questão é que, apesar do conceito de Ries continuar válido - porque, em última instância, facilita a assimilação da marca na mente das pessoas -, ele pode ter níveis de sensibilidade distintos entre as categorias de produto.

Revista para mulheres pode funcionar, mas será que cerveja só para elas também?

Não sei se fizerem ou se conduziram adequadamente um teste de conceito mas, de qualquer forma, nuances especificas para o produto em questão e toda a sua carga histórica, cultural - além do cenário atual / tendências por trás dele - parecem não terem sido devidamente detectadas e/ou compreendidas.

O preço desta lição de casa mal feita veio feito um Tsunami: uma enxurragada de reclamações, protestos e ironias, que deve ter feito os responsáveis irem direto para debaixo da cama.

Também, por outro lado - e intensificando o erro - a abordagem foi preguiçosa, apressada, tosca e grosseira. Reforçando rótulos e esteriótipos há muito ultrapassados.

A Stella Artois, informalmente e por mais que todos neguem, vem se tornando um produto da categoria queridinho entre as mulheres, por sua elegância, discrição e leveza. Proposital ou não, tornou-se um referencial de como podemos atacar um objetivo sem sermos descorteses, separatistas ou preconceituosos. Sabedoria e bom senso, afinal, devem fazer parte do DNA de um construtor de marcas. 

Voltando à Proibida, melhor mesmo seria desculpas, sair de fininho e deixar que o tempo sedimente mais este bizarro case de branding.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Sainsbury's

Uma das melhores peças publicitárias alusivas ao Natal deste ano vem, sem dúvidas, da tradicional rede inglesa de supermercados. Vale pela originalidade, trilha sonora e pegada lúdica. Uma elegância só! Já são quase 16 milhões de visualizações no canal da marca no YouTube...




domingo, 4 de dezembro de 2016

Netshoes

Em seu monumental ensaio "A beleza salvará o mundo", Gregory Wolfe diz lá pelas tantas: 

"Vivemos em uma era dominada pelo racionalismo econômico oco..."

Talvez isto ajude a explicar a derrapada da Netshoes nesta semana.

A marca é apenas mais uma vítima de uma lógica corporativa perversa no sentido de escravidão de sua dinâmica e essência à sistemas e algoritmos, e uma quase total alienação à sensibilidade alheia. Quando o estrago vem e alerta a consciência, pode ser tarde. O arranhão na imagem da marca foi grande. Por isso, urge que as empresas tomem as rédeas das coisas que estão ao seu alcance e não tenham a inútil tarefa de justificar o injustificável depois.


domingo, 27 de novembro de 2016

Kit Kat Rubies

Exemplo de como um projeto adequado de embalagem tem o poder de reforçar substancialmente os atributos pretendidos por uma marca.

(Quase) desnecessário afirmar que Embalagem é uma das principais ferramentas publicitárias no conjunto de comunicação de uma marca. Mas, por vezes, passa (quase) despercebida...

Este foi um dos trinta agraciados no prêmio Grandes Cases de Embalagem 2016 (âmbito Brasil).

Vale a pena conferir:



Fonte:
http://www.embalagemmarca.com.br/2016/11/premio-grandes-cases-de-embalagem-2016

sábado, 12 de novembro de 2016

Dica de livro...

Aos poucos - assim como acontece na área de Trade Marketing - a bibliografia de Inteligência de Mercado vem melhorando no Brasil, com traduções e lançamentos. 

Um exemplo é o ótimo "Inteligência Estratégica Antecipativa e Coletiva", de Humbert Lesca e Raquel Janissek-Muniz.

Navegando em uma das vertentes da Inteligência de Mercado, o conceito de IEAc nos posiciona e nos alerta para a importância de um sistema estruturado para a captação dos chamados Sinais Fracos, nos quais, podem ter um impacto relevante para a empresa no futuro.


Por meio da metodologia L.E.SCAnning, a organização tende à transitar melhor em seu habitat, seja defendendo-se, seja contra-atacando, adaptando-se, ou mesmo, inovando. E sempre "de olho" no timing correto. Portanto, bastante pertinente em nossos dias. Vale a pena lê-lo com muita atenção.

Difícil encontrá-lo em alguma dessas grandes livrarias (talvez em Sebos). O mais fácil mesmo é pedir diretamente à professora Raquel por meio do site http://www.ieabrasil.com.br/site/.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Fleury

O canal do Fleury no YouTube apresenta algumas peças de publicidade tradicional (natural), mas também expõe uma quantidade relevante de materiais de conteúdo. São registros com explicações de conceitos, dicas, orientações e tendências que objetivam fidelizar potenciais influenciadores e/ou consumidores. Em última instância, gerar confiança por meio de assuntos relevantes para o público-alvo da marca que, por sua vez, vem no "modo carona" da mensagem. Nada, pois, mais vanguardista em comunicação...

O Fleury, portanto, deve nos servir de exemplo, em um país que - ao que tudo indica - é ainda pouco praticante tanto do marketing de conteúdo quanto da utilização do YouTube como uma plataforma poderosa na aceleração da referida estratégia. Cada vez mais, daqui para frente, as marcas podem (e devem) exercer, dentre outros papéis, o papel de mídia de si mesmas (por que não?). Abaixo uma pequena amostra de conteúdo proporcionado pelo Fleury na principal rede social de videos do mundo:



Um adendo: a marca não deve ter como pretensão ser uma espécie de blockbuster no YouTube. Basta sair-se bem dentro do seu mercado competitivo. A propósito: em pouco mais de 6 anos no canal, a marca já acumula mais de 4 milhões de visualizações...

Link para o canal do Fleury no YouTube:

sábado, 22 de outubro de 2016

Etnografia


Cumprindo bem a missão de chamar a atenção para a importância do tema, este breve artigo - escrito por Lucas Saad, Alisson Pereira e Julia Spohr (todos da saad branding+design) - não deixa dúvidas sobre a riqueza em potencial que há por trás de projetos de pesquisas etnográficas em processos de inovação.

A despeito da sua inegável maior complexidade e da necessidade de, em linhas gerais, ser concebida por meio de um transcurso mais longevo de maturação,  a etnografia é, certamente, o método mais confiável para o obtenção de hot insights na corrida por vantagens competitivas duradouras.

E por que? Porque, em última instância, o esforço é colocar-se, verdadeiramente, no ponto de vista do outro. Não por acaso, assim como o jornalismo vem crescendo em importância com o advento do marketing de conteúdo, o mesmo se dá com a antropologia e a pesquisa de mercado no mundo corporativo.

Está no portal InfoBranding, vale a pena conferir: