Em seu monumental ensaio "A beleza salvará o mundo", Gregory Wolfe diz lá pelas tantas:
"Vivemos em uma era dominada pelo racionalismo econômico oco..."
Talvez isto ajude a explicar a derrapada da Netshoes nesta semana.
A marca é apenas mais uma vítima de uma lógica corporativa perversa no sentido de escravidão de sua dinâmica e essência à sistemas e algoritmos, e uma quase total alienação à sensibilidade alheia. Quando o estrago vem e alerta a consciência, pode ser tarde. O arranhão na imagem da marca foi grande. Por isso, urge que as empresas tomem as rédeas das coisas que estão ao seu alcance e não tenham a inútil tarefa de justificar o injustificável depois.