terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Adidas

Como amante do futebol, sou fã da Adidas. Ao lado de marcas como a querida (e sumida) le coq sportif e das "brasucas" Topper e Penalty, é sinônimo de futebol. Pelo menos, para aqueles com mais de 30 anos. A Nike veio depois e as suas origens fortemente ligadas aos Estados Unidos, ao running e ao basquete a fazem, mesmo depois de tantos investimentos, uma espécie de "estranha-no-ninho" no meio do esporte. Ainda não convence.

A Adidas remete a produtos elegantes e de ótima qualidade. A suas três listras são um case a parte no processo de naming da marca. Uma referência, de valor incalculável. As suas camisetas para as seleções, especialmente as da Alemanha e a da Espanha, estão entre as mais belas do mundo. Para mim colocam no "chinelo" a do Brasil-Nike. E aquele azul do Chelsea? Lindo demais. Além disso, também notava na marca uma dose mais intensa de discrição e sisudez, o que para mim, só significava um charme a mais.  

      

Parece que com a proximidade da Copa do Mundo a marca resolveu arriscar mais. Primeiro foi a campanha de lançamento da bola da competição, a Brazuca. Eu, inclusive, elogiei muito essa iniciativa aqui no blog. Mas essa recente série de camisetas de duplo-sentido para a Copa do Mundo foi um desastre. Não havia a menor necessidade de navegar em mares estranhos e repelentes ao perfil histórico da marca.

 

Além de uma estética duvidosa e longe do design costumeiro da Adidas, as mensagens são agressivas, preconceituosas e incentivam o turismo sexual. A reputação que a Adidas sustenta não pode permitir uma pisada na bola desse porte. Lamentável. O mínimo que a empresa deveria fazer é retirar imediatamente essa coleção do mercado, emitir um pedido público de desculpas para os seus fãs, demitir sumariamente o mais criativo que o criador, e usar bastante da sua usual discrição para que todos esqueçam rapidamente essa barbaridade.