sábado, 29 de agosto de 2015

Splendid

Premiada comunicação israelense para um chocolate amargo da marca Splendid.

A peça conseguiu posicionar bem o produto como sendo de gosto elaborado, denso e voltado ao público adulto (daí o contraponto às crianças). Também mostrou uma queda - não oficial - às mulheres. Já são quase 730 mil visualizações...

O slogan então..."quando você crescer, vai entender", diz tudo.



Criação da renomada agência Saatchi & Saatchi.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

McWhopper


Pena que o McDonalds's recusou o convite, porquê a ideia do Burger King foi sensacional.

Criar um nome de marca - juntando termos dos principais produtos de duas empresas rivais em escala global - e lançá-lo no dia internacional da paz (21 de setembro), é uma sacada e tanto.  

Detalhe: lançamento e morte no mesmo dia. E toda a sua receita iria para uma instituição sem fins lucrativos. 

Sensacional, não? Vejamos os principais benefícios:

Imagem: ambas as marcas ganhariam bons pontos de simpatia e associações positivas.

Mídia: dada a atratividade do segmento e a notoriedade das marcas envolvidas, o burburinho extrapolou (e muito) os respectivos quartéis generais nos Estados Unidos, onde a ideia foi concebida. Virou burburinho no mundo inteiro... 

Tema: seria, talvez, um dos mais perfeitos encaixes de marca (marcas) em uma data comemorativa de alcance planetário em todos os tempos. Não adianta agora Coca-Pepsi, Apple-Samsung, Nike-Adidas, etc. quererem o mesmo efeito. Não vão conseguir.

Continuidade: essa iniciativa teria o potencial de se tornar rotina nos próximos anos, com novas combinações de produtos e evolução do projeto por meio da criação de novos elementos de marca (personagem, slogan, etc.), por exemplo. 

Responsabilidade social: quem não quer ou não torce por marcas (de qualquer natureza) que contribuam cada vez mais com as grandes preocupações da sociedade? Pois bem...

Categoria: seria mais um motivo para as pessoas irem a algum restaurante do Burger King ou do McDonald's no dia 21 de setembro de 2015, ao invés de irem a um "japa" ou a uma cantina italiana. Faz-se o bolo crescer e depois divide-se em pedaços maiores...

Que mais argumentos seriam necessários para o McDonald's aderir à proposta?

A percepção que se passa é a de que a turma de Chicago foi pega de surpresa, pensou com muita pressa e com muita emoção....e recusou a proposta.

sábado, 22 de agosto de 2015

Artigo: Extensões de Marca



Assunto sempre polêmico em função – dentre outros fatores – do crescente congestionamento de dados e informações nas mentes das pessoas, da brutal fragmentação da mídia contemporânea, do incessante conflito de expectativas entre vendas no curto prazo e gestão estratégica de marcas (branding), da administração racional do budget de marketing e, claro, da dinâmica dos demais atores envolvidos (notadamente concorrentes, canais de distribuição e as próprias reações dos consumidores), o tema requer algumas ponderações isentas de radicalismo no sentido de oferecer os melhores caminhos para a utilização adequada da essência da marca em outros produtos e categorias. 

Talvez a primeira tarefa em um eventual projeto de extensão é desenvolver um claro e consistente diagnóstico de percepções da marca: quais são os seus níveis de reconhecimento e lembrança espontânea? quais são as principais associações (concretas e abstratas) geradas no momento da citação de seu nome? quais são os seus diferenciais mais relevantes? A Lorenzetti é top of mind em duchas e chuveiros elétricos, e possui desde conexões mais nítidas como duchas, chuveiros, chuveiros elétricos, qualidade, tecnologia e preço acessível, até menos prováveis como fácil de encontrar, cor vermelha, origem italiana, home centers, responsabilidade ambiental e cidade de São Paulo.

Dada uma análise mais cuidadosa do cenário competitivo e da definição do posicionamento desejado, a pergunta que fica é: a sua essência de marca permitiria batizar produtos de iluminação, por exemplo? Lâmpada Lorenzetti? Até que ponto eu consigo capitalizar as associações e diferenciais da marca em outros segmentos de mercado, de tal forma que sejam elementos pertinentes e de singularidade na nova categoria de produto e, ao mesmo tempo, a marca não perca força (ou não confunda o meu consumidor em potencial) na categoria original? No popular, possivelmente uma boa analogia para esta matéria seria ter a sabedoria de esticar a corda sem roê-la...

Outra vantagem importante de um correto diagnóstico da essência da marca é que ele permitiria também uma análise prévia com o objetivo de elaborar hipóteses – para, preferencialmente, serem posteriormente verificadas por meio de pesquisas qualitativas – da extensão para novos produtos ou categorias. Assim, uma marca como a PWC, por exemplo, poderia ficar mais confortável na decisão de estender ou não o seu naming para pequenas e médias empresas ou para projetos de startup originários de incubadoras de universidades.

Considerando que a decisão de extensão da marca esteja em linha com a sua essência e com o seu conjunto de associações concretas e abstratas (e que todas elas tenham boas chances de serem percebidas no novo contexto), o marketing deve entrar em campo para apoiar fortemente tal decisão estratégica (leia-se a estruturação de um programa para os 4Ps dedicado à extensão...). Exemplo mais notório talvez tenha sido o da entrada da Sony no mercado de games com a marca PlayStation Sony. O volume de recursos alocados, a abrangência das mídias envolvidas e a frequência intermitente das inserções facilitaram o sucesso da marca japonesa nessa aventura calculada.

Obviamente, uma decisão de estender a marca para novos produtos ou categorias deve levar em conta também o poder de fogo do marketing em apoiar esta decisão. Parte-se do princípio de que os seus recursos já atendam produtos e marcas pré-definidos. Até que ponto o orçamento atual pode ser encorpado para que sustente devidamente um novo projeto de extensão? A Bic, prioritariamente conhecida por suas canetas de baixo custo, está igualmente nomeada em isqueiros, lâminas de barbear e, mais recentemente, pilhas e baterias. A Virgin está nos segmentos de transporte, lar e finanças. A am/pm é loja de conveniência e marca de panettone. Como todas essas categorias estão coerentemente entrelaçadas a partir de um conjunto de associações e diferenciações originais da marca? E como o marketing pode dar conta de tudo isso? São questões a serem bem estressadas.

Existem muitas vantagens e desvantagens na adoção do conceito de extensão de marca. Todas elas devem ser discutidas e ponderadas. No entanto, o norte deve sempre ser o posicionamento, o conjunto de missão, visão e princípios da marca, e a boa dose de certeza de que a transmissão de sua essência seja notada e corretamente interpretada pelos consumidores do novo produto ou categoria. Assim, certamente a extensão contribuirá para o enriquecimento no Brand Equity da marca. Caso contrário, é melhor lançar mão da velha máxima de Al Ries & Jack Trout: o menos é mais.

domingo, 16 de agosto de 2015

Empathy


Direto do blog do Mr.Seth Godin (o "pai" do Marketing de Permissão), três parágrafos curtinhos que definem bem um dos pilares mais relevantes do branding, do marketing, da inteligência de mercado, de vendas e (por quê não?) da vida...

sábado, 15 de agosto de 2015

Aplicativos IM

Duas dicas de aplicativos no âmbito da Inteligência de Mercado que podem ser úteis:

Lançado em 2014, o aplicativo da FIESP traz aos seus associados um rico cruzamento de dados demográficos e sócio-econômicos, propiciando informações valiosas como potencial de mercado, share valor e pólos de consumo para produtos, serviços e canais de distribuição. É possível ainda exportar os filtros escolhidos para uma tabela de excel permitindo, assim, a manipulação dos dados coletados. Abaixo um vídeo explicativo sobre o app:



E o link para download:
http://www.fiesp.com.br/servicos/aplicativo-inteligencia-de-mercado-para-a-industria

Outro também interessante em nome da sua funcionalidade e praticidade - embora ainda bem restrito - é o aplicativo da Tendências Consultoria Estratégica. Nele, é possível verificar rapidamente projeções de médio e longo prazos para alguns dos mais importantes índices econômicos-financeiros, tais como câmbio, IGP-M, IPC, variação do PIB e Selic.


Conta ainda com um sistema de alertas sobre movimentações de cenário, que nos faz ficar antenados prontamente sobre o que está rolando e sobre perspectivas para o ambiente econômico brasileiro. Na App Store.

Há vários outros, claro, mas estes dois podem representar um bom começo...

domingo, 9 de agosto de 2015

Fórum Clima 2015


Imperdível o lançamento da Carta Aberta ao Brasil sobre Mudança do Clima, organizado pelo Instituto Ethos e a ser realizado no próximo dia 13 de agosto, em São Paulo.

Com a promessa de presenças ilustres do empresariado e do governo (entre elas, a do ministro Joaquim Levy), o evento pretende deixar claro que o comprometimento das marcas com este tema é muito mais do que uma questão meramente ecológica mas, principalmente, econômica. Em outras palavras, além do uso mais racional e cuidadoso dos recursos naturais do planeta, a sociedade global - cada vez mais - privilegiará países, empresas e marcas que adotarem posturas firmes e atuantes nos âmbitos social e ambiental. Simples assim! Kotler e o seu Marketing 3.0 endossariam fácil este evento...

Desde 2009 a evolução da participação de empresas na referida carta beira os 50%, refletindo o ganho de importância do assunto no planejamento estratégico de suas marcas. Obviamente, empresários e executivos antenados de branding, marketing, inovação, inteligência de mercado e que tais...não deveriam desprezar este encontro, aproveitando-o para ficar mais ligado nesta tendência... 

Mais informações:

sábado, 8 de agosto de 2015

Latam


Em processos de fusões entre empresas, é natural que as marcas envolvidas queiram, de alguma maneira, preservar traços de seus elementos públicos de identificação. Seja no nome, no logo, nas cores ou nos símbolos das marcas, para citar os principais.

Assim, era previsível a iniciativa de criação de um novo nome a partir da fusão entre as companhias aéreas LAN (chilena) e TAM, à despeito de toda a carga de referências e associações que ambas as marcas construíram por décadas. Não é uma decisão fácil, tampouco livre de altos riscos e custos.

Ainda que as empresas tivessem tido o cuidado de abordar clientes e funcionários no processo de escolha do nome, a escolhida Latam esbarrou um pouco no genérico e até na chacota. Nas redes sociais, alguns engraçadinhos de plantão fizeram um trocadilho com "Latão". Por outro lado, o termo é simples, fácil de assimilar, descomplicado de lembrar, suscita uma abrangência mais cosmopolita e apresenta uma boa sonoridade. Agradar à todos é realmente difícil, mas saldo é positivo.

O fato é, no entanto, que toda nova marca requer volumes consideráveis de tempo e dinheiro, e de estratégias inteligentes e bem coordenadas. Serão aproximadamente três anos de adaptação,  mais de US$ 40 milhões e uma infinidade de ações de comunicação para emplacar o novo batismo. Em tempos de mídias extremamente pulverizadas e instantâneas, este processo de reconhecimento, lembrança e interpretações desejadas pode ser bastante encurtado, sem dúvidas, mas o inverso também é verdadeiro: estamos todos com as mentes congestionadas de dados, informações e ofertas. Nunca é tranquilo arrumar um cantinho na consciência das pessoas para embutir uma nova marca...

Embora ainda não se tenha revelado o conjunto da nova identidade visual, é certo que, no quesito cores, a Latam terá predominância no azul e no vermelho, tonalidades prevalentes em suas logomarcas originais. Nenhuma novidade, portanto. Ponto de preocupação fica para a impressão de que esta fusão talvez ainda não tenha sido suficientemente comunicada aos clientes e ao público em geral, tornando-se mais um foco de apreensão para uma eventual confusão de entendimento entre as pessoas.

No mais e, em linhas gerais, embora a estratégia de fusão possa trazer consigo inegáveis vantagens competitivas - tais como otimização de recursos, ganhos de mercado e compartilhamento de expertise - sacrificar marcas já bem estabelecidas é sempre um risco relevante de ser mal recebido pela comunidade e de ser bem aproveitado pelos concorrentes, por meio de oportunos programas de marketing. Todavia, diante do cenário e do imenso prazer na criação de uma marca, vale à pena a travessia. O tempo dirá. 

sábado, 1 de agosto de 2015

Naming


Nos primórdios das marcas, o chamado naming não era uma prioridade.

Seja pelo foco no desenvolvimento do produto ou serviço, pela baixa competitividade mercadológica, pela alta disponibilidade de termos, pelas mídias pouco desenvolvidas, pelo ainda desconhecimento dos conceitos de branding e de marketing (ou todas as alternativas anteriores), o fato é que os empresários e os executivos não perdiam muito tempo com este assunto. Era uma questão relativamente fácil e rápida de ser resolvida.

Assim, surgiram quase instantaneamente uma proliferação de nomes genéricos, referências aos seus fundadores ou mesmo sem significados. Exemplos: General Eletric, ACNielsen, Hewlett-Packard, J.P.Morgan, Kodak.

Tampouco outros elementos do naming como logotipo, slogan e símbolo receberam, de imediato, a atenção merecida. 

Mais de 1 século depois...

Atualmente e, especificamente sobre o nome de marcas, o cenário é bem mais complexo:

Alta competitividade, congestionamento para registros, compreensão mais apurada do branding e do marketing, e melhor entendimento sobre as percepções dos consumidores tornaram o jogo bem mais significativo e estratégico.

Neste ínterim, pré-requisitos e sub-categorias de apoio à criação de nomes para produtos e serviços foram desenvolvidas para facilitar a tarefa:
  • Transmissão da essência e dos benefícios da marca (Curves, Livraria Cultura, Revista Superinteressante, Fedex);
  • Termo curto e de fácil assimilação (Bic, Gap, Dove);
  • Sonoridade (Globo, Bosch, Halls);
  • Zelo com potenciais conotações negativas em outras línguas e culturas (Nokia Lumia - prostituta em espanhol, Fiat Uno - imbecil em japonês, Tênis Zyklon - gás letal nazista)
  • Evitar confusões com outras categorias (Ford - automóveis e agência de modelos, Fox - canal de esportes e marca de automóvel, Norton - abrasivos, antivírus, agência de publicidade e vinho)
  • Descritivo (British Airways, History Channel, Durex)
  • Nomes sem significados para, entre outras coisas, facilitar o registro (Nexxter, Etsy, Zappos)  
  • Junção de termos: Telhanorte, Tic-Tac, Biomind
  • Compostos: General Motors, Saint-Gobain, Leroy Merlin
  • Siglas: ESPN, 3M, FBI
  • Exóticos: Africa, Galo, Maria Bonita
  • Abreviações: Band, Coke, Volks
  • E por aí vai...
Qualquer que seja o caminho escolhido (e, obviamente, deve haver a tentativa de combinações entre as classificações acima...), o importante mesmo é o nome ter o potencial de gerar fácil assimilação e lembrança, coerência com a essência da marca, boa sonoridade, originalidade, possibilidade de extensão de linha e, fundamental: proteção legal. Em casos mais delicados, inclusive, pesquisas qualitativas podem minimizar os riscos da escolha do nome. Como se vê, fácil definitivamente não é.

Naming e, em particular o nome, são sim importantes no processo de construção de uma marca. À despeito de suas óbvias limitações na contribuição para o sucesso de um produto ou serviço, não deve ser jamais menosprezado. 

Tanto é verdade que existem até consultorias especializadas em criação de nomes de marcas. Exemplo é a tradicionalíssima NameLab. Abaixo o link para conferir um pouco do seu universo: