Escapando do lugar-comum das extensas e monótonas críticas de livros e abstendo-se dos aspectos mais técnicos - já devidamente explorados na obra - o que podemos concluir de "Design Thinking", de Tim Brown?
- Entendimento do cliente/consumidor é tudo. Ou quase tudo...
- Realmente a técnica etnográfica (observação, participante ou não) é a melhor dentre as opções de pesquisas qualitativas. Se for viável (nem sempre é), ela deve ser a escolhida porque preserva o bem mais valioso para um pesquisador, a espontaneidade.
- Bons insights vem do campo, da vivência com o bom e velho freguês.
- Em linhas gerais, praticamos poucos brainstorming e workshops criativos. Oportunidade!
- Em linhas gerais, nossos "muros" departamentais inibem o potencial coletivo da criatividade. Oportunidade!
- Nem tudo é inovação "arrasa-quarteirão". Inovações incrementais também devem ser consideradas no cardápio. A matriz "Formas de Crescer" pode ser uma boa bússola...
- Prototipagem é um recurso bacana mas, em linhas gerais, é pouco entendida. Oportunidade!
- Boa tendência de crescimento para as Impressoras 3D. Esta é implícita, não está no livro.
- Storytelling é um recurso bacana mas, em linhas gerais, é pouco entendido. Oportunidade!
- Existe, sim, bagunça organizada.
- Execução é tão importante quanto a inspiração.
- Mensuração é tão importante quanto a execução.
- Um excelente Design Thinker observa o corriqueiro (mas engana-se quem pensa que é fácil).
- O conceito de Design Thinking lembra o de "Foco DO Cliente" (já postado neste blog no último dia 8 de junho), do brazuca Instituto de Marketing Industrial, e vice-versa.
- Design Thinker não é a mesma coisa que Designer.
- Modismos à parte, podemos confiar em Tim Brown. Ele pilota uma das mais renomadas consultorias de Design Thinking do mundo e o seu livro vem recheado de ótimos cases.
- O que seria deste mundo sem o Vale do Silício?
- Consuma com moderação. O terreno deve estar minimamente preparado para o conceito de DT.
- É um dos melhores livros de negócio (e de quase tudo) dos últimos 10 anos e vale cada real e centavo investidos.
- Empresa que não entende (e não aplica, ou nem pretende aplicar) este conceito está, mais cedo ou mais tarde, condenada à mediocridade.