Bastante providencial o editorial da Folha de SP de hoje intitulado "O PIB mais maduro".
Em carta aberta aos candidatos à presidência da república, o CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável - e que representa cerca de 40% do PIB, resumiu bem, em determinado trecho, o seu pleito:
"...romper a crise sistêmica que reproduz a desigualdade, esgarça o tecido social, alimenta os incentivos perversos e coloca a economia em conflito com os recursos naturais..."
Trata-se de um conselho empresarial e não de uma fanática ONG ativista.
Conclusão: cada vez mais os stakeholders das sociedades globais estão atentos às questões envolvendo responsabilidade social e ambiental. E os empresários, por sua vez, tratando-as como sérias e reais estratégias para uma perenidade saudável de seus negócios no médio e longo prazos. Vem deixando de ser - em ritmo crescente -, portanto, encaradas somente como causas nobres para, sobretudo, tornarem-se princípios para o alinhamento do business às necessidades e desejos contemporâneos da humanidade. O intuito, no final, já sabemos: ser bem-visto, bem-vindo, bem-entendido, apreciado e defendido. Não é pouca coisa! Em outras palavras, percebido como alguém que busca (legitimamente) o lucro, mas também tem lá as suas responsabilidades e parcelas de contribuição com a sociedade...e que, em última instância, o sustenta. Não é um processo com ponto final, claro. É constante e deve ser natural (as pessoas identificam rapidamente viés de hipocrisia em ações publicitárias). Assim, as marcas de juízo não podem negligenciar esses temas e devem colocá-los na pauta do dia. As de menos juízo, então, fazê-lo asap.
Abaixo link completo do mencionado editorial: