Ao ler a reportagem no link abaixo, lembrei de uma antiga canção doLulu Santos, na qual ele dizia em uma das estrofes: "Eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não". OK, pode ser ingenuidade e utopia demais imaginar que estamos vivendo esse novo "começo de era". Mas pelo menos há, digamos, uma certa esperança na humanidade. Já é alguma coisa.
E concordo com algumas especulações levantadas na matéria para tentar justificar essas atitudes. Talvez seja bondade por bondade mesmo. Ou somente uma tentativa de válvula de escape à tantas barbaridades e descalabros que vemos por aí, minando a motivação e a energia das pessoas. Uma espécie de resposta silenciosa, sem qualquer interesse extra. No minimo, deixa-as mais confortáveis por dentro mas, sei lá, acredito também que o universo conspira a favor. Mais cedo ou mais tarde, receberão recompensas divinas. Não que façam pensando nisso. Não acredito. Costumo acreditar nas pessoas (às vezes, me decepciono, claro, mas faz parte do jogo). Importante refletir também que talvez que seja um pouco disso que as pessoas esperam das marcas, sejam elas públicas ou privadas. Ou seja, menos egoísmo, menos enganação, menos publicidade, menos lucro pelo lucro, entre outros "menos". E mais autenticidade, mais transparência, mais respeito, mais ajuda, entre outros "mais". Enfim, marcas inseridas até o pescoço no contexto da sociedade procurando, sim, satisfazer as necessidades dos seus stakeholders, mas também retribuindo a confiança da população. Por isso que conceitos como Marketing Social e Marketing Ambiental não são conversas de "eco-chatos", mas estratégias inteligentes para obter o reconhecimento e o apoio, no médio e longo prazos, de uma sociedade que tolera cada vez menos pensamentos e ações que visam o próprio umbigo. Portanto, uma questão de sobrevivência saudável.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,seu-hamburguer-ja-foi-pago-,1088589,0.htm