sábado, 26 de setembro de 2015

Pró Logo - uma breve resenha


Afora um certo exagero nas citações a marcas de luxo (porém compreensíveis, dadas as origens dos autores), a realidade é que Pró Logo - de Michel Chevalier e Gérald Mazzalovo - cumpre bem a sua missão de fazer um contra-ponto ao aclamado No Logo de Naomi Kein, o livro de cabeceira dos chamados ativistas anti-marcas. E o faz de forma bem fundamentada, respeitosa e elegante.

Embora boa parte do conteúdo seja de conhecimento dos estudiosos de branding, marketing e inovação, os autores trazem algumas reflexões adicionais como o papel das marcas como fatores de progresso social, econômico e cultural, o conceito de marca como contrato, os limites e os perigos da publicidade, o uso de ferramentas semióticas para a avaliação da identidade da marca e as atribuições dos consumidores, governos e associações nessa engrenagem toda.

Enfim, uma obra que complementa os best sellers e os materiais mais didáticos. Por isso, torna-se recomendável a sua leitura. Mas não acabou: no final, há um conjunto de ilustrações respaldando algumas das teorias apresentadas. Talvez a mais interessante desse agrupamento seja a menção à marca "PZero" da Pirelli, por meio da qual a marca diversificou a sua linha. O exemplo trazido se refere a um par de sapatos estilizado com o P característico da marca, uma alusão à pneus na sola e um slogan curioso: "Se você pode colocar pneus nos carros, por que não sapatos nos pés?"

sábado, 19 de setembro de 2015

Inovação


Reforçando um dos principais pilares da sua identidade de marca, a 3M mantem um site dedicado à inovação e, nele, um blog para inspirar e engajar. Nesse sentido, faz a lição de casa direitinho:
  • Bom destaque na "home" do site.
  • Frequência de novos conteúdos "no ponto".
  • Textos curtos e linguagem "friendly".
  • Bem servido em imagens e vídeos.
  • Opção de compartilhamento nas principais redes sociais.
  • E o melhor: está gerando interação, burburinho...
Os temas são variados e os exemplos diversos. E há ainda a nítida preocupação da marca em prover conteúdos interessantes e úteis, sem a "neura" de fazer publicidade nua e crua (na verdade, ela vem de "carona", sutilmente, elegantemente...).

Numa primeira análise, os meus posts preferidos são: uma chave com vários diâmetros para trabalhos manuais, um dispositivo acoplado aos carros que envia dados automáticos em casos de acidentes aos serviços de assistência, e um super sensor que identifica o câncer em estado inicial.

Além disso, oferece ferramentas para a inserção dos interessados no mundo da inovação, por meio de informações, dicas e cursos. Ponto positivo também para a proposta de adesão ao universo do tema e à proposta do site e do blog, mostrando-se mais atraente que a média.

Enfim, é o marketing de conteúdo ganhando cada vez mais relevância nas estratégias de comunicação das empresas/marcas. E isto é bom!

Aos amantes da matéria, vale a pena conferir.

sábado, 12 de setembro de 2015

Ballantine's


Matt Haig em seu prestigiado "Brand Failures" já havia nos alertado:

"The problem is that what companies consider sublime, the customer all too often treats as ridiculous".

A tradicionalíssima Ballantine's perdeu uma ótima chance de nos poupar de uma bobagem em escala universal, ao criar e divulgar um protótipo que permite beber o seu uísque no...espaço. A incrível sensação de ingerir o destilado em gravidade zero. Realmente incrível...e inútil.

Afora o prazer do desafio à física, o belo design do dispositivo, o enorme burburinho na redes sociais (ainda que, certamente, temporário e pouco efetivo) e o sempre válido argumento de manter a essência da marca em quaisquer cenários - embora, até agora, não nos explicaram como tal atitude possa ter alguma ligação relevante com a identidade da marca -, o fato é que a iniciativa continua sendo uma bobagem. 

E por quê?

Porquê se trata de um atributo de importância zero para nós, modestos consumidores terráqueos.

Valeria mais à pena investir um tantinho dessa verba no aprofundamento do entendimento das principais necessidades (e as suas respectivas importâncias) dos consumidores e, fundamentados nelas, apostar em novos modelos de negócio, produtos, serviços, comunicação, etc.

E tudo em linha com a essência da marca, claro. Simples assim, o conceito.

Bom, e ainda por fim, nos brindaram com um website dedicado ao projeto.

Sem mais.

Fonte: 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Deu no Meio & Mensagem


Recente pesquisa patrocinada pela IBM e pelo CMO Club (grupo com uma amostra da nata dos Diretores de Marketing), revelou a tendência dos investimentos em marketing próximos três anos. 

Os pontos mais importantes:
  • A maioria (57%) planeja aumentar a verba de marketing (o investimento vence o custo).
  • Finalmente o marketing de conteúdo passa a publicidade tradicional (13,3% versus 11,5%). 
  • Apesar disso, a publicidade tradicional permanece forte no radar, como tem que ser.
  • Os executivos ficarão mais atentos à pesquisa/comunicação na chamada "jornada do cliente".
  • Para tanto, estão dispostos à fragmentar ainda mais as alternativas de mídias.
  • Ganharão maior fatia no bolo as mídias sociais, os apps e o velho (e bom) e-mail marketing. 
Importante ficar alerta ao que esse pessoal pensa e planeja. Afinal, não estão ali por acaso e, mais notável, labutam diariamente no campo de batalha do marketing, ou seja, "a busca permanente pela significância nas mentes das pessoas"...

Acesso ao link da matéria na íntegra: