terça-feira, 23 de dezembro de 2014

OpenView


Mas ainda em tempo (e no mesmo tema): a OpenView é uma empresa de capital de risco focada em ajudar pequenos e médios empreendedores norte-americanos a expandir os seus negócios. É consenso hoje que o seu notável crescimento tenha sido derivado do lançamento do seu blog corporativo há alguns anos atrás. Este blog evoluiu e se tornou um portal brilhante, com centenas de artigos, posts no blog, podcasts, guias gratuitos (via troca por e-mail, claro...e justo) e videos que orientam e esclarecem diversas questões dos seus potenciais clientes. Atualmente, é referência no empreendedorismo, inclusive, além dos Estados Unidos. Confiança conquistada para impulsionar os negócios da consultoria. Nesta ordem.

Link para portal:

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

The Furrow


E para fechar o ano, uma singela homenagem a uma tendência irreversível no Marketing: o Content Marketing (ou Marketing de Conteúdo). Bandeira arduamente carregada por gente visionária como Joe Pulizzi, Robert Rose, Michael Brenner e Jonathan Mildenhall e, no Brasil, por bandeirantes como Cássio Politi e Rafael Rez, o conceito veio para ficar. Até porque, surge do âmago da sociedade, uma necessidade contemporânea mais veemente no sentido de desejar receber mensagens cada vez mais customizadas, prestativas, orientativas e emocionais. Em suma, menos egocentrismo, narcisismo e agressividade das marcas. E mais utilidade na comunicação. A essência é sofisticada e exige muito esforço, sim - é preciso lançar mão de técnicas que envolvem desde inteligência de mercado até textos jornalísticos, e passando por inúmeras outras -, mas traz recompensas superiores também. Engana-se, todavia, quem imagina que o assunto é novo. Certamente a exposição e a conscientização são maiores nos dias de hoje, mas um conteúdo atraente vem de longe. Talvez o pontapé inicial de nossa era seja mesmo a revista The Furrow da John Deere, famosa por suas máquinas no mercado agrícola, principalmente. A iniciativa - meio que no puro instinto - procurou, antes de mais nada, prestar serviços aos clientes da marca, sem a neurótica ansiedade de querer empurrar (vender) produtos aos fregueses. Lançada em 1895, a atitude respeitou os princípios mais valorizados pelo seu fundador: ouvir e ensinar. E buscar incansavelmente o sucesso dos clientes. Todo o conteúdo da revista gira em torno disso, a publicidade é coadjuvante e a venda é consequência. Já são 119 anos assim...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

ESPN


A priori, a campanha responde bem aos principais pontos de uma ação promocional: as regras são simples, a premiação é atraente e a comunicação é eficiente (embora merecesse um destaque maior no site...). Também está em linha com uma tendência crescente no sentido de vincular as promoções a uma vivência mais vigorosa no universo da marca, enfraquecendo um pouco a tentação notória (e limitada, rasa...) de amarrar qualquer campanha com desconto no preço. 

Em resumo, os fãs do Super Bowl devem postar um foto alusiva ao evento (imaginado-se no cenário que irão encontrar) na hashtag #ESPNtemSuperBowl por meio do Twitter ou Instagram. Ou, se preferirem, enviar diretamente para o e-mail superbowlnodeserto@espn.com.br. O prazo para inscrição é 31/dez, os premiados serão conhecidos em 5/jan e o evento será no dia 01/fev no Arizona, EUA. O prêmio é assistir ao espetáculo ao vivo e com tudo pago.

Pontos negativos: a promoção foi "ao ar" muito tarde (dia 15/dez) e a atitude mereceria mais do que apenas dois premiados. Anyway...

Link para mais detalhes sobre a campanha:

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Menu For Tourist


Startup que promete decolar rapidamente e voar em cruzeiro por um longo período, o aplicativo Menu For Tourist (lançado oficialmente ontem) apostou as suas fichas na velha e imbatível tese de atuar em nichos não atendidos ou mal explorados. Fácil essa sacada? Aparentemente sim mas, definitivamente, não. Melhor mesmo continua sendo treinar bem os olhos, os ouvidos, os pés (e a paciência), direcionar as antenas ao mercado e, principalmente, mirar nas dificuldades e nos desejos do dia-a-dia das pessoas. Mesmo que não verbalizados adequadamente por elas (isto, aliás, raramente acontece). Daí é caprichar na comunicação e no nome/identidade visual.

À grosso modo, claro. Há outras variáveis importantes a ser consideradas. De qualquer forma, acertar na estratégia já é um ótimo começo...


Por enquanto restrito à alguns restaurantes do Rio de Janeiro, o app promete traduzir cardápios originalmente em português para diversos idiomas, notadamente o inglês e o espanhol. Mas há ainda a possibilidade de versões em alemão, italiano e até mandarim. Os restaurantes devem se cadastrar previamente (a taxa promocional de start do serviço é de R$ 40) e o download é gratuito, tanto para o IOS quanto para o Android. Uma demanda antiga dos gringos e um bom aliado dos comerciantes ajuizados. Além da velha inspiração conceitual, a iniciativa segue uma tendência irreversível: a mobilidade. Tudo para dar muito certo! 

Fontes:

sábado, 13 de dezembro de 2014

Johnnie Walker

Normalmente junto a um conceito recém-consagrado (sem, de pronto, significar novo na prática...) e de incontestável pertinência, vem a indesejada "curva de rio". Em se tratando de Storytelling - uma das boas ferramentas de Marketing de Conteúdo -, a referida esquina costuma depositar doses consideráveis de exagero ou de ficção. O resultado é, no final das contas, alvo de chacota e perda de credibilidade. Mas só para quem não a utiliza adequadamente (a Diletto que o diga). Assim, e atentando-se devidamente a esses potenciais perigos, segue uma pequena obra-prima do gênero, de quem entende muito de Branding (e de uísque...). Certo mesmo é que todas as marcas tem uma boa estória para contar. Não é preciso apelar...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Best Bairro Brands

Logo na capa do estudo, o aviso: "O que as marcas de bairro têm a ensinar às grandes marcas"


É com esta ousada pretensão que a Interbrand - a cultuada consultoria global de Branding - começa os trabalhos. E cumpre o que promete. Um delicioso estudo sobre as marcas de bairros paulistanos que mais encantam e uma bem-sucedida tentativa de estabelecer pontos em comum entre elas. Também prima pela leveza ao fornecer apenas breves releases sobre os laureados, no ponto exato, deixando o resto para explorarmos e interpretarmos por conta própria. Enfim, um respiro providencial. A análise foi, basicamente, fundamentada em seis pilares externos: autenticidade, relevância, diferenciação, consistência, presença e entendimento. Mais de 100 marcas foram reverenciadas, com destaques para o Ponto Chic, a Família Mancini, a Galeria dos Pães, a Casa Tody, o Bar do Zé Batidão, a Queijaria da Vila e o Cine Belas Artes.

Mas, afinal, o que elas podem ensinar às grandonas? 

Muita coisa. Como criar uma personalidade de marca. Como inovar sem perder a essência. Como engajar os consumidores. Como desenvolver o customer experience. Como não ser chato e invasivo na publicidade. Como integrar produtos e serviços. Como desburocratizar. Como executar bem. Como humanizar o atendimento. Como customizar. Como segmentar. Como detectar as necessidades e os desejos dos consumidores e como desenvolver uma empresa-cidadã são algumas delas... 

E os resultados?

Bom...daqueles que mais nos interessam, os fregueses: lembrança e preferência de marca, associações emocionais positivas e marcantes, lealdade, defesa fervorosa do negócio e uma espécie de sentimento de propriedade - em outras palavras, a marca não "pertence" mais somente ao dono, mas à comunidade em que está inserida. E, claro, maior perenidade, mais vendas e mais lucros.

Ora, o quê mais um Gerentão de Marketing de uma dessas Fortune 500 - e com MBA nas costas - poderia querer mais?

Assim, ler este estudo da Interbrand e "bater perna" em muitas dessas jóias preciosas seriam boas estratégias para começar e, certamente, pouco ou nenhum sacrifício.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Gol


E no Twitter da Folha de São Paulo de hoje...
"Cadeirante se arrasta por escada de avião para poder embarcar"

A Gol - linhas aéreas inteligentes - exibe orgulhosamente no seu site institucional, no capítulo "Missão, Visão e Valores":

Missão: Aproximar pessoas com segurança e inteligência.
Visão: Ser a melhor companhia aérea para viajar, trabalhar e investir.
Valores: Segurança. Inteligência. Servir. Lowest-cost.

Afora as ladainhas e as justificativas de sempre, trata-se apenas de mais um exemplo de Branding bem garganteado e porcamente executado.