domingo, 27 de abril de 2014

Wals


Ainda não descobri o significado da palavra Wals. Mas vou pesquisar melhor e, caso encontre alguma explicação convincente, voltarei aqui no blog para o devido esclarecimento. De qualquer forma, não é um nome ruim. Nem ótimo. É simples e com boa sonoridade, mas pode gerar alguma confusão no significado, na pronúncia e na maneira correta de escrevê-la. É medíocre no sentido de médio. E só! O logotipo, baseado somente na tipografia, é interessante. Principalmente o "W" (observando melhor, começo a desconfiar de que se trata de uma palavra alemã). Quanto ao símbolo - parece-me ser o encontrado dentro do círculo vermelho na parte de cima da garrafa e, aparentemente, é o mesmo da parte de baixo da embalagem, imediatamente acima da palavra Wals - também, assim como o nome, carece de maiores explicações. Mas já nasce com potencial de fixar-se com uma certa imponência. O slogan é: "Produzimos mais que cerveja. Criamos obra de arte". Meio óbvio, OK, mas verdadeiro (já volto para elucidar melhor essa afirmação). Enfim, um conjunto de naming (nome, logotipo, símbolo e slogan) - parte do Branding - eu diria, à princípio, convincente. Bom começo!

Mas o fato mais relevante aqui é que a Wals - rótulo pertencente a uma cervejaria mineira - acabou de ser premiada em um concurso mega-competivivo em duas categorias na chamada Copa do Mundo da Cerveja, realizada nos Estados Unidos. Não é brincadeira! Foram mais de 5 mil rótulos de cerca de 1,5 mil cervejarias de todo mundo. E aí incluem-se as alemãs, belgas, irlandesas, etc. Segundo o fabricante, os diferenciais são os já esperados ingredientes de alta qualidade e sabor diferenciado. Como ainda não a tomei, não posso testemunhá-los a favor. Mas, de antemão, eu incluiria outro: Cor! Que cor maravilhosa! Pouco valorizada (assim como o cheiro), é um elemento fundamental no chamado "Brandsense" de muitas categorias, inclusive a de Cervejas.  É cara, sim. Mas deve valer cada centavo. Uma garrafa de 375 ml custa a bagatela de R$ 16, em média.


Outro ponto agora, nada a ver com a premiação na referida Copa do Mundo: A Questão Mercadológica. As ditas Cervejas Especiais, um nicho derivado da categoria-mãe (cervejas), ainda são pouco desenvolvidas no Brasil, apesar da crescente exposição nas maiores redes varejistas e algumas experimentações em canais alternativos como "ilhas conceituais" em Shopping Centers. Do ponto-de-vista das regiões, por ora, a esmagadora distribuição centraliza nos grandes centros urbanos. Qual é a enorme lacuna a ser preenchida? Claro! O pequeno e médio varejo alimentar atendidos via atacadistas especializados. As cervejarias artesanais nacionais certamente não tem "braços" suficientes para atender a esse porte de varejo e parcerias com empresários atentos a essa tendência de mercado seriam muito bem-vindas. A pulverização é brutal, o potencial é gigantesco e não ficará alheios por muito tempo.