segunda-feira, 28 de abril de 2014

#somostodosmacacos

O lado bom das Redes Sociais:
Depois da atitude racista (e, portanto, cretina) do pseudo-torcedor do Villarreal contra o jogador Daniel Alves do Barcelona, o seu companheiro de equipe Neymar - claro, devidamente instigado e orientado pela agência Loducca, lançou uma campanha bem humorada e elegante contra o racismo por meio das redes sociais. A adesão foi enorme e rapidamente chegou ao top trends do Twitter brasileiro. Enquanto o referido babaca era banido forever do estádio do Villarreal, as redes sociais mostram, mais uma vez, o seu brutal poder para mobilizar milhões de pessoas em função de uma causa nobre. Claro que a figura do Neymar potencializou tudo isso. Mas este é também um dos papéis que esperamos de um ídolo como ele, o de ser um formador de opinião engajado nas questões "sociais-políticas-comportamentais". Somente jogar bola não basta, tem que servir de exemplo. Ponto para o craque!


O fato é que, num passado não muito distante, enquanto dependíamos da boa-vontade dos editoriais dos principais meios de comunicação e de um depoimento aqui e outro acolá de alguns jornalistas/celebridades, a revolução da tecnologia da informação se desenvolvia a passos largos e chega até os dias de hoje com o potencial de, por meio de figuras pública notórias (mas nem sempre), fazer de uma faísca um estrondo de imensas proporções, na velocidade da luz. As bases dos poderes tremem. E isso é bom! As Redes Sociais ajudam a moldar marcas, pessoas e....instituições.

Sobre o nome da campanha, confesso que não tinha me atentado a todo o seu significado até ouvir os comentários do brilhante jornalista Ricardo Boechat da Band News FM. Ele alertou que, em função das fortes evidências de que os seres humanos tem a sua origem nos primatas, todos nós, portanto, estamos inseridos nesse balaio, inclusive o referido "cretino-travestido-de-torcedor". Com todas as nossas virtudes e defeitos. Somos, em suma, todos Macacos...e com muito orgulho. Mais uma ótima sacada da Loducca!

Por fim, mais uma ação feliz surfando nessa onda:
A capa da jornal Lance e a sua Macacada Reunida...


domingo, 27 de abril de 2014

Wals


Ainda não descobri o significado da palavra Wals. Mas vou pesquisar melhor e, caso encontre alguma explicação convincente, voltarei aqui no blog para o devido esclarecimento. De qualquer forma, não é um nome ruim. Nem ótimo. É simples e com boa sonoridade, mas pode gerar alguma confusão no significado, na pronúncia e na maneira correta de escrevê-la. É medíocre no sentido de médio. E só! O logotipo, baseado somente na tipografia, é interessante. Principalmente o "W" (observando melhor, começo a desconfiar de que se trata de uma palavra alemã). Quanto ao símbolo - parece-me ser o encontrado dentro do círculo vermelho na parte de cima da garrafa e, aparentemente, é o mesmo da parte de baixo da embalagem, imediatamente acima da palavra Wals - também, assim como o nome, carece de maiores explicações. Mas já nasce com potencial de fixar-se com uma certa imponência. O slogan é: "Produzimos mais que cerveja. Criamos obra de arte". Meio óbvio, OK, mas verdadeiro (já volto para elucidar melhor essa afirmação). Enfim, um conjunto de naming (nome, logotipo, símbolo e slogan) - parte do Branding - eu diria, à princípio, convincente. Bom começo!

Mas o fato mais relevante aqui é que a Wals - rótulo pertencente a uma cervejaria mineira - acabou de ser premiada em um concurso mega-competivivo em duas categorias na chamada Copa do Mundo da Cerveja, realizada nos Estados Unidos. Não é brincadeira! Foram mais de 5 mil rótulos de cerca de 1,5 mil cervejarias de todo mundo. E aí incluem-se as alemãs, belgas, irlandesas, etc. Segundo o fabricante, os diferenciais são os já esperados ingredientes de alta qualidade e sabor diferenciado. Como ainda não a tomei, não posso testemunhá-los a favor. Mas, de antemão, eu incluiria outro: Cor! Que cor maravilhosa! Pouco valorizada (assim como o cheiro), é um elemento fundamental no chamado "Brandsense" de muitas categorias, inclusive a de Cervejas.  É cara, sim. Mas deve valer cada centavo. Uma garrafa de 375 ml custa a bagatela de R$ 16, em média.


Outro ponto agora, nada a ver com a premiação na referida Copa do Mundo: A Questão Mercadológica. As ditas Cervejas Especiais, um nicho derivado da categoria-mãe (cervejas), ainda são pouco desenvolvidas no Brasil, apesar da crescente exposição nas maiores redes varejistas e algumas experimentações em canais alternativos como "ilhas conceituais" em Shopping Centers. Do ponto-de-vista das regiões, por ora, a esmagadora distribuição centraliza nos grandes centros urbanos. Qual é a enorme lacuna a ser preenchida? Claro! O pequeno e médio varejo alimentar atendidos via atacadistas especializados. As cervejarias artesanais nacionais certamente não tem "braços" suficientes para atender a esse porte de varejo e parcerias com empresários atentos a essa tendência de mercado seriam muito bem-vindas. A pulverização é brutal, o potencial é gigantesco e não ficará alheios por muito tempo.

domingo, 13 de abril de 2014

TNT

O famoso "Marketing de Guerrilha". Uma ferramenta que só funciona com muita originalidade e na dose certa. Mas a recompensa costuma ser mega-gratificante. Esta já está "viralizando", claro...
Sensacional !!!



domingo, 6 de abril de 2014

Fotos do Dia

Em ano de Copa do Mundo, algumas publicidades bem criativas alusivas ao evento.

Apesar de bastante desgastada ultimamente, a publicidade por meio de ações originais marcam e ganham a simpatia de todos. Uma ação como essa vale mais do que diversos anúncios burocráticos. Este é o desafio.

Budweiser para 2014 - Brasil:


Ponte das Adidas em 2006 - Alemanha:


Outdoor da Sony (reforçando a tecnologia 3D) em 2010 - África do Sul:


TuneIn


Não é exatamente um app novo, mas veio dar um gás extra às rádios (do Brasil e do mundo), sempre ameaçadas quando surgem inovações nos meios de comunicação. E para quem gosta de esportes e notícias então (e quer mobilidade), é um prato cheio. O Tunein é um agregador de rádios via internet e utiliza o GPS do próprio smartphone para localizar e/ou sugerir estações. Em função disso, o "malfadado" chiado do AM (este o mais inclinado para esportes e notícias) desaparece e a qualidade de som se iguala ao da FM. Cresce assim o nível, a abrangência e a intensidade da experiência dos consumidores com esse meio de comunicação. Já tentei utilizar apps próprios das rádios (ex.: app da CBN, da Bandeirantes, etc.) mas notei duas desvantagens: 1 - a necessidade de trocar de app para acessar outra rádio, o que acaba tornando o processo mais lento e desconfortável. 2 - alguns "travam" com muita frequência, a uniformidade técnica entre eles não existe. No Tunein, por ser um único aplicativo e um agregador, está tudo ali, de fácil alcance e dificilmente trava. Neste caso, estou considerando o sistema IOS. Não sei como a questão do "travamento" se comporta no Android.

Mas o mais importante é a análise que se pode arriscar a partir dessa inovação: a crescente tendência no uso de ferramentas móveis de conexão à internet - especialmente os tablets e os smartphones - como fortes aliadas para enfrentar os desafios cada vez maiores de mobilidade nos grandes centros urbanos (seja aderindo à eventuais jornadas de home office ou no charmoso café do shopping, crescimento das profissões liberais ou mesmo como fonte de entretenimento), favorecerá a evolução positiva na adesão dos internautas à aplicativos como o Tunein. E, como uma das prováveis consequências, deverá alterar os velhos padrões de investimento em publicidade nas rádios. Até poucos anos atrás, a previsão era quase um apocalipse. Gente "profetizando" que as rádios iriam acabar não faltou. Agora, parece, o jogo está se invertendo. Por meio de uma maior facilidade para aproximação com os ouvintes e do nivelamento da qualidade do som entre as frequências, a oferta de conteúdo certamente aumentará. Possibilidades de novos nichos não atendidos surgirão. O horizonte, agora, é mais positivo do que nunca. E pensar que começou a partir de uma singela "destruição criativa", como diriam Acemoglu & Robinson. De novo, a história da habilidade de se detectar necessidades não atendidas e dificuldades não claramente verbalizadas pelos consumidores. Somente muita sensibilidade e olho clínico podem acender a lâmpada para uma ideia original como essa. Chamei isso em um artigo meu de pesquisas inovadoras baseadas em observação. Resta os empresários de comunicação perceberem esse inusitado movimento social e sintonizarem adequadamente as suas rádios para uma provável audiência (absoluta) superior. Para isso, eles já podem contar, inclusive, com uma recente pesquisa do Ibope atestando esse crescimento do número de pessoas ouvindo rádio pela internet. O Tunein me parece um relevante ator nesse cenário e um dos principais catalizadores dessa movimentação. Para quem, especialmente da minha geração, sempre considerou o rádio um fiel companheiro, essa agitação toda é mais do que promissora. Veio em boa hora. Abaixo um video bem curtindo com mais detalhes sobre o app:


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Cultura

Publicidade da Livraria Cultura no Twitter (não aquelas invasivas, sem terem sido convidadas no hall de marcas seguidas pelos usuários. Sim, isto acontece). Ou melhor, publicidade da "Categoria Livraria" no Twitter. A Cultura (marca) apenas assina a conta na rede social e aparece discretamente na arte do anúncio que, por sinal, é de extrema elegância. É a velha e boa estratégia de aumentar o bolo (no caso, a categoria) para depois cortá-lo em pedaços maiores (no caso, os seus participantes). Todos costumam sair ganhando, uns mais outros menos, mas poucos se atentam à alternativa de se reforçar o uso da categoria para benefício coletivo, inclusive dos consumidores. Independente da plataforma, normalmente funciona bem.