sexta-feira, 16 de junho de 2017

Selfridges

Então é o seguinte:

TODOS OS PROFISSIONAIS E DEMAIS ESTUDIOSOS DE BRANDING E DE MARKETING DEVERIAM ASSISTIR A ESTE DOCUMENTÁRIO. PONTO!

"SECRETS OF SELFRIDGES"


Bom, acho que as caixas altas já bastariam para gritar no radar e levantar as orelhas.

Mas...

A despeito do toque natural de dramatização do material, um sujeito que, no início do século XX, concebeu em um negócio uma série de competências simultâneas - e que hoje as consideramos de vanguarda -, mereceria entrar no seleto grupo dos mais relevantes empresários da história. Hoje é quase esquecido. Seu nome: Harry Gordon Selfridge, fundador da Selfridges, tradicional loja de departamentos de Londres, fundada em 1909. 

As principais competências da série:
  • Visão estratégica
  • Senso de oportunidade
  • Entendimento do conceito de propósito de marca
  • Mix de produtos e serviços que segue o propósito
  • Publicidade maciça como alavanca do projeto (ideia) 
  • Marketing social como estratégia de imagem e de vendas lucrativas
  • Storytelling
  • Marketing de experiência
  • Capacidade de execução 
  • Gestão de risco
  • Trade Marketing (arquitetura, merchandising, brandsense e campanhas de impacto)
  • Atendimento a clientes (foi inovador no conceito de self-service em Londres)
  • Endomarketing (engajamento da equipe)

Tudo isso, antes do primeiro tri do século XX.

Permeando o relato, deliciosas pitadas históricas e macroeconômicas, e um molhinho especial sobre a vida de Harry, no qual não deixa de impactar, de certa forma, a trajetória da marca.  O final é surpreendente.

Uma amostrinha do pensamento de Selfridge:

"A SHOP SHOULD BE LIKE A SONG OF WHICH YOU NEVER TIRE"

Desde 2003, a marca está sob o comando de uma bilionária família canadense do ramo varejista.

O documentário está no Netflix.

sábado, 3 de junho de 2017

Leroy Merlin

Mais um exemplo inspirador de conteúdo de relevância entre as marcas que atuam no Brasil:

Blog da Leroy Merlin!


Com dicas sobre diversos temas envolvendo o universo do lar.

Por mais que a publicidade tradicional deva permanecer no cenário, não há dúvidas de que o marketing de conteúdo veio (ou retornou) com força, para ficar. Que bom! E, logo, para ganhar cada vez mais importância na divisão do bolo de investimentos em comunicação.

E por que?

Porque, no fundo, as pessoas estão fartas de discursos egocêntricos e/ou de interrupções às suas programações de cultura, lazer, esportes, etc. Programações nas quais, aliás, atualmente, são quase totalmente "self-service".

Em última instância, elas querem nos dizer, quase desesperadamente, o seguinte: "Please, só me venha com alguma coisa que preste, que me ajude, que me divirta ou que me gere curiosidade, que me traga estórias que emocione (de verdade, sem peças banais ou tolas), que me alerte, que me faça pensar, etc. Em suma, que me agregue. De resto, não me amole. Não me atrapalhe. Please."

A propósito, um breve desabafo: maldito seja o inventor do tal do Remarketing...

Bom, voltando ao conteúdo e o seu retorno sobre o esforço empregado:

Fique tranquilo! Quando o freguês precisar do assunto em questão e resolver partir para a ação, certamente ele vai lembrar do help que você lhe deu. 

E por um motivo muito simples: é do ser humano, é de sua história evolutiva, sensibilizar-se com a ajuda que recebeu. A consequência, portanto, é previsível: Retribuição. Simples, não?

Evidentemente, o processo não pára por aí. É preciso de todo um fluxo de funil de vendas amarrando o projeto, para otimizar os esforços de conteúdo. Mas isto é uma outra história...

Agora, um detalhezinho que passa quase despercebido:

Dando um lookezinho no logo da marca, percebi que o seu slogan conversa, de certa forma, com a proposta do blog. 


Ou, traduzindo: não importa - se no meio fisico ou se no virtual - a marca funciona com uma espécie de mídia, de provedor da temática-alvo, de ponto de encontro, de referência sobre o meio em que atua. Isto é, reflexo, de algum modo, da democratização dos meios de comunicação. E o slogan capta bem isso.

Por isso que toda e qualquer estratégia de comunicação deve seguir (ser submisso mesmo) o seu projeto de branding, ou seja, a sua concepção de marca. 

Link para o blog: