sábado, 8 de julho de 2017

Carolina Rogoll

Só para sair um pouco do mainstream (Kotler, Ries, Keller, Aaker, Lindstrometc.), uma palestra sobre branding com Carolina Rogoll, uma profissional ascendente no tema. Por hora, as suas principais qualidades são, além da "escola" P&G, a objetividade e o pragmatismo, fundamentadas em um bom arcabouço teórico. Maior densidade, todavia - e já comprovada em alguns dos seus colegas mais experientes -, só vem mesmo com o tempo e na mesma estrada. Mas vale à pena conferir:



Também prudente seria dar uma passadinha no site do seu livro "Star Brands", um guia que, traduzido, poderia ter uma boa acolhida em um mercado brazuca ainda engatinhando no assunto (especialmente entre as pequenas e médias empresas). Para quem se vira bem no inglês, no entanto, não tem porque esperar.

http://www.buildstarbrands.com/

sábado, 1 de julho de 2017

Locomotiva


Embora o tema seja, sem dúvidas, pertinente - a crise de representação do espectro social brasileiro nas comunicações de marca na TV -, o ponto que requereria uma reflexão anterior seria o da relevância de se continuar a bater em uma tecla com tendência de forte queda nos próximos anos. Os comerciais de TV, com a velha mania de interromper entretenimento alheio, é a antítese do marketing moderno.

E por que?

Porque as pessoas estão cada vez mais intolerantes com a interrupção dos seus passatempos, e estão cansadas de serem abordadas por produtos e serviços de nenhuma (ou pouca) importância para o seu dia a dia. Sem contar que as marcas chegam, em geral, com peças publicitárias bobas, banais e com aqueles discursos de auto-elogio pra lá de sebosos. 

As novas opções de mídia, conteúdo e dispositivos tecnológicos surgiram para nos libertar dessas amarras, e agora, mais poderosos, não hesitamos em dar um empurrão em mensagens inconvenientes. Aliás, no fundo, adoramos isso.

OK, mas então, como devemos comunicar uma marca?

Os americanos (sempre eles) nos socorreram com duas estratégias que, se não novas na prática, são novas na disseminação e na roupagem: o marketing de conteúdo e o inbound marketing. Grosso modo, com base em temas significativos para o nicho pretendido - previamente desenhado e identificadas as suas mídias de preferência -, na oferta de conteúdo relevante (prestando serviços mesmo) e na proposta de soluções personalizadas, a interatividade, o burburinho, a lembrança e a simpatia pela marca, as vendas e os lucros vem de carona. É o inverso do que estamos acostumados: vender conquistando e não invadindo. Por isso, ambas tendem a tomar cada vez mais fatia da publicidade tradicional no bolo de comunicação. O Tas (sim, ele, Marcelo Tas) pareceu estar mais antenado com isso, pelo menos intuitivamente. Storytelling, marketing de experiência (quem mesmo estruturou esses conceitos? Sim, sempre "eles"...), design e endomarketing - talvez o mais importante de todos - também devem estar no radar do marketing moderno.

Por fim, duas pequenas observações:

Confundir propaganda com publicidade é um erro primário. A primeira tem um cunho político, religioso e ideológico. A segunda tem um caráter comercial, tornando ofertas de produtos e serviços "públicas".

A segunda observação é mais relevante e complexa: O instituto se diz "especialistas em entender de gente". Ual! Pareceu-me cliché e pretensioso demais, considerando o arsenal de conhecimento humano que é preciso entender e praticar minimamente - leia-se filosofia, sociologia, psicologia, antropologia, biologia comportamental, entre outros -, para arriscar-se a uma afirmação dessa natureza. Mas parece que, atualmente, o entendimento de pessoas encontra-se em uma prateleira de supermercado, com muitas marcas disponíveis...  

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