sábado, 28 de janeiro de 2017

As Tendências das Mídias Sociais para 2017

Material fresquinho (e imperdível) da Kantar IBOPE Media:

As Tendências das Mídias Sociais para 2017.

O video abaixo é só uma breve introdução:



O importante mesmo é preparar um café e ler com calma o material completo, por meio do link abaixo:

https://www.kantaribopemedia.com/as-tendencias-das-midias-sociais-para-2017

Como tem coisas bacanas (e free) na Internet! É só ter a paciência e a disposição para buscá-las.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Proibida


Veja bem...

O velho Al Ries aprovaria o conceito: quanto mais estreitarmos a oferta da marca, melhor. 

Porém o tema é bem mais complexo do que parece.

A Cerveja Proibida tomou a iniciativa de lançar uma cerveja só para Mulheres.

Por quê não? Carros, varejos de moda, varejos esportivos e academias são algumas das categorias que já direcionaram negócios (ou produtos) só para as mulheres. E deu certo! 

Mas no caso da Proibida, temos alguns problemas e algumas diferenças importantes:

Primeiro, essa nova proposta de posicionamento não veio acompanhada por um nome dedicado. Preferiram a velha extensão de marca, com o nome batidíssimo e kilométrico de "Proibida Puro Malte Rosa Vermelha Mulher". Mas este é o menor dos problemas...

O "X" da questão é que, apesar do conceito de Ries continuar válido - porque, em última instância, facilita a assimilação da marca na mente das pessoas -, ele pode ter níveis de sensibilidade distintos entre as categorias de produto.

Revista para mulheres pode funcionar, mas será que cerveja só para elas também?

Não sei se fizerem ou se conduziram adequadamente um teste de conceito mas, de qualquer forma, nuances especificas para o produto em questão e toda a sua carga histórica, cultural - além do cenário atual / tendências por trás dele - parecem não terem sido devidamente detectadas e/ou compreendidas.

O preço desta lição de casa mal feita veio feito um Tsunami: uma enxurragada de reclamações, protestos e ironias, que deve ter feito os responsáveis irem direto para debaixo da cama.

Também, por outro lado - e intensificando o erro - a abordagem foi preguiçosa, apressada, tosca e grosseira. Reforçando rótulos e esteriótipos há muito ultrapassados.

A Stella Artois, informalmente e por mais que todos neguem, vem se tornando um produto da categoria queridinho entre as mulheres, por sua elegância, discrição e leveza. Proposital ou não, tornou-se um referencial de como podemos atacar um objetivo sem sermos descorteses, separatistas ou preconceituosos. Sabedoria e bom senso, afinal, devem fazer parte do DNA de um construtor de marcas. 

Voltando à Proibida, melhor mesmo seria desculpas, sair de fininho e deixar que o tempo sedimente mais este bizarro case de branding.