É curioso notar que, por mais que se avance na tecnologia da informação, nos devices e nos apps (e por aí vai...), o ser humano tende a relativizar as suas importâncias no longo prazo.
Mas, de certa forma, é previsível, se lembrarmos que, no final das contas, alguns fatores que compõe a essência das pessoas são imutáveis e nos gritam, mais cedo ou mais tarde.
Afora o deslumbramento pelo "novo", a curva buscará, em geral, um nivelamento, até estabilizar.
Afora o deslumbramento pelo "novo", a curva buscará, em geral, um nivelamento, até estabilizar.
Exemplo neste sentido é a recente inauguração da primeira loja física da Amazon, em Seattle, nos Estados Unidos.
A marca nasceu na web, derrubou modelos, mostrou como se faz marketing personalizado, quebrou concorrentes (em geral, pequenas livrarias) e fez história.
But (sempre tem um but...), mesmo que se alegue a queda vertiginosa dos e-books e a desvantagem do fluxo de caixa no sistema físico, o fato é que colocar um pé no concreto vai de encontro ao comportamento natural das pessoas. Vejamos:
- A vontade de tocar no produto
- A necessidade de conversar com outras pessoas
- O ritual prazeroso de descobrir novidades (ou as novidades nos descobrirem...)
- O hábito delicioso de um break para o café
- A experiência de, simplesmente, vivenciar o ambiente da loja
Tanto é verdade que, os varejistas mais antenados e que nasceram no berço da internet, já fizeram as suas incursões no meio físico, tais como a Oppa (móveis), a Dafiti (moda) e a norte-americana Warby Parker (óculos).
Portanto, um modelo misto de varejo online e físico é, a princípio, a melhor estratégia para aproveitar as potencialidades de ambos os canais. Sem radicalismos.
Como sempre, a natureza humana é a que dita os caminhos do jogo, conduzindo-nos ao bom senso.
Deu na Folha:
Como sempre, a natureza humana é a que dita os caminhos do jogo, conduzindo-nos ao bom senso.
Deu na Folha: